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Gilberto Silva se diz incapacitado para atuar, aciona Atlético na Justiça e cobra até hora extra

Volante alega retorno forçado às atividades para disputar Mundial de Clubes em 2013

postado em 26/02/2015 15:25 / atualizado em 26/02/2015 16:20

<i>(Foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)</i>

O volante Gilberto Silva acionou o Atlético na Justiça do Trabalho. A primeira audiência é dia 1º de junho. O jogador alega que sofreu acidente de trabalho no clube e não teve a recuperação ideal, encontrando-se até hoje incapacitado clinicamente para atuar. Além de pedidos referentes ao tratamento, o volante cobra do clube premiações, como a da conquista da Copa Libertadores, e até horas extras.

Na petição inicial, de 30 folhas, Gilberto Silva diz que sofreu lesão no menisco do joelho direito no dia 27 de julho de 2013, no clássico com o Cruzeiro, pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo, na verdade, foi disputado no dia 28.

Após passar por cirurgia, ficou dois meses em recuperação. Segundo ele, seu retorno às atividades foi forçado visando à disputa do Mundial de Clubes, em dezembro. Com dores e inchaço no joelho, o meio-campista garante que foi submetido a infiltrações com analgésicos para “mascarar” o quadro.

De acordo com Gilberto Silva, o então presidente Alexandre Kalil tinha consciência da má recuperação quando decidiu pela não renovação do contrato: “O empregador tinha total ciência de que o atleta não havia se recuperado da lesão e que, portanto, não tinha mais condições de atuar em benefício do clube no ano de 2014”, diz a petição.

O jogador diz ainda que passou, por contra própria, por mais duas cirurgias e segue realizando tratamento fisioterápico para voltar a jogar, se possível, em 2015.

Em decorrência desse fato, Gilberto Silva, que também deseja concessão de tutela antecipada, faz os seguintes pedidos em ação distribuída na 1ª Vara da Justiça do Trabalho de Belo Horizonte:

- reconhecimento de sua incapacidade laborativa;

- declaração da nulidade da rescisão do contrato de trabalho;

- ordenar imediata reintegração ao clube;

- determinar que o clube faça comunicação do acidente de trabalho para que o atleta receba os benefícios previdenciários;

- suspender o contrato de trabalho até que o atleta retome sua aptidão laboral;

- Determinar que o clube efetue o pagamento das despesas médicas já arcadas e assuma o tratamento a partir da sua reintegração ou se preferir arque com os custos;

- Danos morais e materiais decorrentes do acidente de trabalho (alega que perdeu a chance de firmar contrato proposto pelo América Futebol Clube);

- Hora extra nos períodos de concentração (Ele cita, por exemplo, que ficou em rotina de concentração por 15 dias no Marrocos);

- Cobrança de repouso semanal remunerado/ feriado;

- Pagamento do prêmio de R$ 100 mil pela conquista da Copa Libertadores;

- Prêmio de R$ 120 mil caso alcançasse a meta de ser titular em 60% dos jogos oficiais, por semestre;

- Direito de imagem;

- Valor estimado da causa: R$ 500 mil.

A reportagem tentou contato com o departamento jurídico do Atlético, mas as ligações não foram atendidas.

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