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Nepomuceno explica que pediu carga reduzida para não fazer dívida com sobra de ingressos

Presidente diz que teria que pagar valor dos bilhetes ao Cruzeiro antes da venda; Daniel afirma que clube pode solicitar nova carga com o rival caso seja necessário

postado em 05/03/2015 19:27 / atualizado em 05/03/2015 19:35

Bruno Cantini/Atlético

Depois de receber críticas após solicitar apenas 1.050 ingressos para a torcida do Atlético no clássico de domingo, contra o Cruzeiro, no Mineirão, o presidente do Galo, Daniel Nepomuceno, concedeu entrevista coletiva na Cidade do Galo e explicou seu posicionamento. Segundo o mandatário, a parte financeiro pesou, e muito, na definição da carga que seria vendida para a torcida alvinegra.

Nepomuceno afirmou que teria que pagar todos os bilhetes ao Cruzeiro antes de iniciar a venda e, por isso, pegou uma carga pequena, para que não sobrasse bilhetes, já que o clássico, segundo ele, não tem muito apelo e não valeria a pena arriscar uma dívida nos cofres para o confronto.

Segundo o presidente, a Minas Arena venderá uma carga de cerca de 800 ingressos para a torcida atleticana. Nepomuceno avisou ainda que pode solicitar uma nova carga ao Cruzeiro, caso o primeiro lote seja todo comercializado.

De acordo com o Cruzeiro, foi oferecida uma nova carga de 804 ingressos ao Atlético ainda nesta quinta-feira, mas o clube alvinegro teria dito que só aceitaria se fosse por consignação (pagar apenas o que vender). O clube celeste só aceita o pagamento à vista de toda a carga.

Por fim, Nepomuceno foi curto e grosso ao comentar a possibilidade de um clássico como nos velhos tempos, com torcida dividida no Mineirão: “Pouco provável”, disse o mandatário, sem dar maiores explicações.

Confira o que falou de mais importante o presidente Daniel Nepomuceno

Estive conversando hoje pela manhã por causa da quantidade de críticas pela situação dos ingressos. É um processo complexo e difícil do torcedor entender, essa negociação entre os dois clubes para o clássico de domingo. Eu queria esclarecer para a torcida do Atlético, que, quando o Cruzeiro é o mandante, há uma regra que eu não concordo. Quando o Atlético requisitar seus ingressos, deve pagar imediatamente o valor para o mandante. Foi colocado 10% da capacidade máxima em mais de um setor. A diretoria me consultou e colocaríamos os 1.050 ingressos divididos nos três setores oferecidos. O Cruzeiro negou os três setores e queria ceder somente no mais caro. Pedimos parte de cada setor proporcionalmente. Isso foi negado e foi passado o valor do setor roxo, que é o mais caro. Eu como presidente do Atlético, não vou tirar dinheiro do clube e arriscar ficar com um centavo de dívida para um jogo de primeira fase do Campeonato Mineiro. Não dá para entregar para o Cruzeiro R$ 600 mil e ficar com um prejuízo entre R$ 200 e R$ 400 mil. Eu não concordo com essa maneira. Conversei com a Minas Arena, uma vez que sempre sobra ingressos, porque é o setor mais caro. É um lote de quase 800 ingressos da Minas Arena que ela mesmo vai comercializar, então não corremos risco de perder dinheiro. E existe também um segundo lote com o Cruzeiro. Vamos esperar a venda desses 1.050 e vender os outros bilhetes para pegar esse novo lote.

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