O Atlético acredita que o meia Giovanni Augusto, que entrou na Justiça contra o clube pedindo a rescisão indireta do contrato, esteja sofrendo influência de aliciadores. O Palmeiras poderia estar por trás disso, já que estaria negociando diretamente com o atleta. Essa revelação foi feita por Giovanni Augusto ao Galo. Em reação, a direção alvinegra, inclusive, notificou oficialmente a equipe paulista, que nega uma possível negociação.
“Nós consideramos que ele esteja agindo por orientação de aliciadores. Uma possibilidade é uma ação ilegal do Palmeiras. Ele disse que recebeu uma proposta do clube paulista. Em razão disso, nós já enviamos um documento, notificando o Palmeiras”, explicou diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, ao Superesportes.
Por outro lado, o diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, explicou a situação em entrevista coletiva. Segundo ele, Giovanni Augusto foi oferecido ao clube paulista recentemente. O dirigente, no entanto, descartou a contratação ao ficar ciente da situação contratual do atleta.
“Ele foi oferecido ao Palmeiras e a vários clubes do Brasil. A informação que me foi passada é que o contrato estaria se encerrando e o que eu fiz imediatamente foi ligar ao Maluf. Ele me disse que não era verdade. A partir daí, nunca mais se falou sobre isso”, esclareceu, na tarde dessa quinta-feira.
Ações na Justiça
Segundo o departamento jurídico do Galo, o jogador entrou com duas ações na Justiça do Trabalho. Na primeira, ele alegava que não havia assinado o aditivo de contrato, que estenderia seu vínculo de 15/5/2015 a 31/12/2015.
Depois, ainda segundo o clube alvinegro, o atleta mudou a versão, admitiu que firmou o prolongamento do contrato, contudo, questionou a sua publicação no BID. A defesa de Giovanni Augusto ressalta que o Regulamento de Registros e Transferências de Atletas estabelece 30 dias para validar o mesmo. E o termo aditivo não havia dado entrada no BID até 30/1/2015, mais de um ano depois.
“O clube fará a defesa com a apresentação de documentos, que demonstram a situação contratual do atleta. E só para esclarecimento do publico, a questão do BID é problemática. A própria CBF melhorou o controle, mas se houve algum erro isso não altera a prorrogação e o acerto feito”, pontua o diretor jurídico do Atlético.
A reportagem não conseguiu contato com o atleta na manhã desta sexta-feira.
A primeira audiência está marcada para o dia 16 de abril na 21ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.
Jogador implorou oportunidade
O Atlético diz que o jogador sempre demonstrou interesse em permanecer no clube. “Ele implorou uma oportunidade quando deixou o Figueirense e voltou de empréstimo. Em contato com direção, ele pediu, especialmente ao diretor de comunicação, para interceder junto ao treinador por uma chance no elenco neste ano”, disse Cândido da Cunha.
O curioso é que na ação, segundo o Atlético, o atleta alega que foi preterido e emprestado diversas vezes, sem nunca ter tido uma oportunidade no clube.
ATLÉTICO
Galo notifica Palmeiras por Giovanni Augusto, que estaria sendo "influenciado por aliciadores"
Meia entrou na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão indireta do contrato
postado em 27/03/2015 11:13 / atualizado em 27/03/2015 14:05
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