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Galo notifica Palmeiras por Giovanni Augusto, que estaria sendo "influenciado por aliciadores"

Meia entrou na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão indireta do contrato

postado em 27/03/2015 11:13 / atualizado em 27/03/2015 14:05

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
O Atlético acredita que o meia Giovanni Augusto, que entrou na Justiça contra o clube pedindo a rescisão indireta do contrato, esteja sofrendo influência de aliciadores. O Palmeiras poderia estar por trás disso, já que estaria negociando diretamente com o atleta. Essa revelação foi feita por Giovanni Augusto ao Galo. Em reação, a direção alvinegra, inclusive, notificou oficialmente a equipe paulista, que nega uma possível negociação.

“Nós consideramos que ele esteja agindo por orientação de aliciadores. Uma possibilidade é uma ação ilegal do Palmeiras. Ele disse que recebeu uma proposta do clube paulista. Em razão disso, nós já enviamos um documento, notificando o Palmeiras”, explicou diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, ao Superesportes.

Por outro lado, o diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, explicou a situação em entrevista coletiva. Segundo ele, Giovanni Augusto foi oferecido ao clube paulista recentemente. O dirigente, no entanto, descartou a contratação ao ficar ciente da situação contratual do atleta.

“Ele foi oferecido ao Palmeiras e a vários clubes do Brasil. A informação que me foi passada é que o contrato estaria se encerrando e o que eu fiz imediatamente foi ligar ao Maluf. Ele me disse que não era verdade. A partir daí, nunca mais se falou sobre isso”, esclareceu, na tarde dessa quinta-feira.

Ações na Justiça

Segundo o departamento jurídico do Galo, o jogador entrou com duas ações na Justiça do Trabalho. Na primeira, ele alegava que não havia assinado o aditivo de contrato, que estenderia seu vínculo de 15/5/2015 a 31/12/2015.

Depois, ainda segundo o clube alvinegro, o atleta mudou a versão, admitiu que firmou o prolongamento do contrato, contudo, questionou a sua publicação no BID. A defesa de Giovanni Augusto ressalta que o Regulamento de Registros e Transferências de Atletas estabelece 30 dias para validar o mesmo. E o termo aditivo não havia dado entrada no BID até 30/1/2015, mais de um ano depois.

“O clube fará a defesa com a apresentação de documentos, que demonstram a situação contratual do atleta. E só para esclarecimento do publico, a questão do BID é problemática. A própria CBF melhorou o controle, mas se houve algum erro isso não altera a prorrogação e o acerto feito”, pontua o diretor jurídico do Atlético.

A reportagem não conseguiu contato com o atleta na manhã desta sexta-feira.

A primeira audiência está marcada para o dia 16 de abril na 21ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.

Jogador implorou oportunidade

O Atlético diz que o jogador sempre demonstrou interesse em permanecer no clube. “Ele implorou uma oportunidade quando deixou o Figueirense e voltou de empréstimo. Em contato com direção, ele pediu, especialmente ao diretor de comunicação, para interceder junto ao treinador por uma chance no elenco neste ano”, disse Cândido da Cunha.

O curioso é que na ação, segundo o Atlético, o atleta alega que foi preterido e emprestado diversas vezes, sem nunca ter tido uma oportunidade no clube.

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