“O Guilherme precisa de apoio psicológico e clínico. Pode ser que ninguém tenha descoberto a causa desse número de contusões na carreira. É possível detectar ainda esse problema, porque fisicamente ele é ótimo, muito bom na musculação. Mas teve muitas contusões em série. Pode ser emocional ou genético. Temos que fazer um estudo e apoiá-lo”, diz Levir.
De acordo com o treinador, Guilherme, em condições de atuar, está entre os melhores do futebol brasileiro: “O resto é só colocar e jogar. Tecnicamente ele tem as melhores condições. Todos querem tê-lo no time. É apoiá-lo na parte psicológica, física, técnica e médica para ele tenha uma sequência melhor.”
O atacante também busca respostas. Enquanto não encontra, ele não descarta ser poupado em alguns jogos, caso a comissão técnica entenda que seja necessário. Guilherme ressalta que, se isso acontecer, será uma decisão profissional e não um privilégio.
“Isso pode ser conversado. Eu não vou ter suspensão de um jogo, folga de um jogo para ir numa festa, passear. É ser profissional. Se estão me dando isso, é profissional. Nos dias de hoje, isso ainda é visto como mordomia, estrelismo. Muitos hoje em dia precisam ter essa dosagem”, diz.
Em outubro do ano passado, Guilherme vinha em uma boa sequência de partidas, mas acabou sofrendo novo estiramento, desta vez na coxa direita.
“Eu vinha em uma sequência grande, de muito desgaste. joguei contra o Corinthians e depois contra Chapecoense e Bahia. Poderia jogar? Poderia. Mas poderia ficar fora. Não é culpa de ninguém. Eu mesmo queria estar em campo. É segurar o ímpeto, pois o ano é longo. Isso a gente está experiente nisso, vai dosando.”
Guilherme ainda não estreou na temporada 2015, por causa de nova lesão na coxa direita. A expectativa é pela volta ao time no dia 9 de abril, contra o Santa Fe, pela Libertadores. “Eu nem estou dormindo direito. Abusei de ver jogo. Não aguento ver jogo, televisão. Eu não vou ao estádio, para mim é sofrido. Estou ansioso para voltar, jogar, fazer o que eu mais gosto.”