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Atacar é a melhor receita

Com obrigação de tomar a vantagem da Caldense na final, Atlético deve optar por esquema de um só volante, mantendo a formação mais ofensiva e deixando Leandro Donizete no banco

postado em 25/04/2015 09:56 / atualizado em 25/04/2015 10:00

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
O técnico Levir Culpi defende a ideia de que em time que está ganhando não se mexe. Visivelmente satisfeito com o comportamento do Atlético na vitória sobre o Colo Colo por 2 a 0, pela Copa Libertadores, ele promete nova equipe ofensiva e com mais criatividade diante da Caldense, amanhã, às 16h, no Mineirão, no primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro. Como o Galo precisa anular a vantagem da Veterana, primeira colocada na fase de classificação, há a necessidade de tomar a iniciativa e ser o mais ofensivo possível.

O equilíbrio do time titular passa pela opção de apenas um volante de marcação e pela escalação de Dátolo e Guilherme juntos no meio-campo. O volante Leandro Donizete está novamente à disposição, depois de cumprir suspensão automática na Libertadores, mas a tendência é de que fique no banco de reservas. Levir Culpi, que completa hoje um ano de Galo, acredita que ambos podem dar boa movimentação e qualidade no passe para que a equipe abra uma boa vantagem no jogo de ida. Essa formação com apenas um cão de guarda foi testada pela primeira vez pelo treinador na vitória sobre o Cruzeiro por 3 a 2, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado. A partir daí, ele a repetiu nos jogos contra Flamengo e Corinthians na campanha vitoriosa da Copa do Brasil.

Desde que chegou ao Atlético, em agosto de 2013, Dátolo tem sido o mais versátil jogador do Galo: ele já foi usado como lateral-esquerdo, volante, armador e até como segundo atacante. Nos tempos em que defendia o Boca Juniors, foi orientado pelos treinadores a se adaptar em várias funções e hoje tenta colher os frutos. Ele deixou o Internacional para ter mais chances em Minas e conquistou o objetivo. “O importante é ajudar o grupo, seja em qualquer posição. Há muito o que melhorar, sobretudo no entrosamento com o grupo. Acredito que voltarei ao nível com o tempo”. Neste ano, o argentino ficou fora por mais de um mês devido a uma lesão muscular na coxa direita. Dátolo, de 30 anos, elogia a parceria com Guilherme. “É criativo, habilidoso. É fácil jogar ao lado dele. O Atlético só tem a ganhar.”

No esquema mais ousado, o volante Rafael Carioca terá papel essencial no meio-campo, mas considera que não fica sobrecarregado atuando sozinho na marcação: “É uma função diferente, pelo fato de o Dátolo ser um armador e me ajudar sempre. Quando ele jogou de segundo volante, deu a conta do recado e nos ajudou tanto na marcação como no ataque. Nas vezes que ele atuou mais centralizado, também foi muito útil à equipe, chegando com força na frente”.

FAVORITISMO? Para Rafael Carioca, o grupo está adotando cautela para não ser surpreendida pelo rival de amanhã, invicto no Estadual e sem levar gols há sete jogos. “Na teoria, somos favoritos, mas temos de tomar cuidado. Mas a gente não pensa assim aqui dentro, porque, se perdermos, a pressão seria muito grande. A Caldense não é o Cruzeiro e o Colo Colo, e a concentração deve ser a máxima possível. Temos que ter o cuidado no que falar ou nas atitudes e respeitarmos o adversário”.O lateral-direito Marcos Rocha e o zagueiro Leonardo Silva continuaram o tratamento no departamento médico e ficam fora. Com a semana que vem livre para treinamentos e preparação, a expectativa é de que ambos voltem a treinar com bola a partir de segunda-feira e possam reforçar o Galo em Varginha, na segunda partida contra a Caldense. No jogo de amanhã, Patric e Edcarlos serão escalados desde o início.


Quarta passagem de Levir
70
jogos

39
vitórias

13
empates

18
derrotas

2
títulos

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