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'Renascido' no Atlético, Jô fala de gol histórico, fase ruim, filho, Ronaldinho, Levir e Lucas Pratto

Atacante, herói da conquista do Mineiro, concedeu entrevista coletiva nesta 2ª feira

postado em 04/05/2015 18:31 / atualizado em 04/05/2015 18:27

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Com dois minutos em campo, na decisão do Campeonato Mineiro, Jô encerrou um jejum que já ultrapassava 2.200 minutos. Mais do que isso, fez o gol do título do Atlético. Um gol que o faz renascer no Galo. Nesta segunda-feira, o herói improvável concedeu entrevista na Cidade do Galo. O momento de reencontro com as redes, a fase difícil na carreira, a internação do filho durante a final do Mineiro, o amigo Ronaldinho, o chefe Levir Culpi e novas chances na Copa Libertadores foram alguns pontos abordados. Confira:

Apoio de Ronaldinho e interesse do Cruzeiro no amigo


"Primeiramente, quero agradecer, porque é um grande amigo, um parceiro. Quando vem um elogio, fico feliz. No futebol, tudo é possível. Não sei se houve algo oficial. Mas eu apostaria que ele não viria. Foi uma história linda aqui. Foi campeão. E se viesse para o rival, seria um pouco triste. A vida é de cada um. Mas eu ficaria um pouco chateado."

Fase ruim, com afastamento no Galo

"Foi difícil. Depois da Copa do Mundo, as coisas não saíram bem. Mas eu tive família. Eu pensei sim em sair, procurar outros ares. Houve especulações da Europa, do Brasil. Mas é coisa de Deus, que faz as coisas certas. Não deveria sair pelas portas de trás em um clube onde entrei pela frente. Deus me fez voltar a ter foco, treinar bem e ser coroado, com um gol do título."

Levir Culpi


"Levir foi fundamental, como Maluf e o presidente. Conversaram comigo, deram a segunda chance como ser humano. Ele frisou isso. Foi para quem errou, reconheceu e poderia dar a volta por cima. Ele confiou no meu talento e na minha capacidade. Trabalho com ele há um ano e só vejo coisas boas. Ele sempre conversa com os jogadores. Ele nunca deixa mesmo quem não está jogando desmotivado. Giovanni Augusto é um exemplo disso também. Ele sempre frisa o grupo. Esse lado dele de conversar, deixar o cara com a autoestima boa vale muito".

Filho internado durante a final do Mineiro


"É uma alegria atrás da outra. Fiz o gol do título e graças a Deus meu filho já está em casa. Mas como o Levir disse, não tem nem tempo para comemorar. Quarta-feira já tem que provar de novo. Futebol é dinâmico e não tem como festejar muito. Agora é focar na quarta-feira e fazer um bom jogo."

Inter e Libertadores

"Eu até tive (oportunidades no Inter). O Inter abriu as portas para mim quando voltei da Europa. Oportunidade eles me deram. Eu que não soube aproveitar da maneira correta. Não tenho mágoa ou rancor de ninguém. Mas é claro que quando joga contra um ex-clube, você quer ir bem, mostrar que poderia ter ido mais longe."

Lucas Pratto

"Pratto comentou comigo que no Vélez jogou muitas vezes como segundo atacante. É questão de treinamento. Pelo padrão tático, são três anos com um atacante só. Mudar da água para o vinho é complicado. É aos poucos. Ontem, em algumas situações assim, pode até acontecer. Mas para iniciar um jogo assim, é com o tempo. Levir sabe conduzir isso bem. Gosto de jogar assim também, assim como ele. Pode dar certo."

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