Se Marcos Rocha tem as assistências e a criação de jogadas como pontos fortes, Patric é mais agudo e gosta de chegar na área para finalizar. Não é por acaso. Quando criança, ele atuava como atacante e mandava bem.
"Sempre fui atacante e artilheiro quando mais novo. No infantil, o treinador pediu para jogar como lateral e me adaptei, cheguei na Seleção de base como lateral e me aprimorei nessa posição. Mas quando tem a oportunidade, basta olhar, sem fechar o olho, e chutar para o gol, porque os companheiros criam as chances. E como lateral, em outros clubes, sempre fiz gols. No Atlético, ainda estava faltando", comenta Patric, que será titular novamente neste domingo, contra o Atlético-PR.
Questionado no início da temporada, Patric tem melhorado a sua imagem perante o torcedor. Muito disso por conta da confiança conquistada com o gol anotado contra o Palmeiras.
"Já estava um pouco incomodado, porque costumo fazer gols e não estavam acontecendo. Quando fiz, fique muito feliz também porque minha esposa está grávida e foi uma alegria especial. A gente trabalha e quando o gol não sai, a gente fica triste, mas sabendo que o trabalho é bem feito. Hoje, estou trabalhando e colhendo os frutos. Estou treinando muito para buscar gols e também servir os atacantes".
Patric afirma que as críticas não o incomodavam, já que confiava no seu trabalho e sabia que poderia dar a volta por cima na sua segunda oportunidade com a camisa alvinegra:
"Chateado não. Quando eu estava no Sport, teve o primeiro contato que eu voltaria e entreguei nas mãos de Deus. Se Ele tem me ajudado nesses últimos anos. Sabia que poderia enfrentar um pouco de dificuldade, mas que se eu confiasse no trabalho, no tempo certo, as coisas se encaixariam. As cobranças também ajudam a crescer. Muitos podem abaixar a cabeça, mas se cheguei e retornei agora, é porque tenho responsabilidade, caráter e porque batalhei e lutei. Espero continuar assim".