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Carlos prega treino e tranquilidade para lidar com queda na média de gols no Atlético

Atacante, que tinha 0,56 gol por jogo no júnior, caiu para 0,21 no profissional

postado em 27/05/2015 07:55 / atualizado em 26/05/2015 19:35

Bruno Cantini/ Atlético

Nos juniores do Atlético, Carlos despontou como goleador. No profissional, teve um começo promissor. Mas os gols não se tornaram frequentes. A média de gols, destaque estatístico do atacante nas categorias de base, caiu bastante na equipe principal.

Segundo o Galodigital, Carlos fez 69 partidas no time júnior, com 39 gols marcados, uma média de 0,56. No profissional, já são 61 jogos e 13 gols feitos. O número caiu para 0,21.

“(A fase) não anda (das melhores). Estou trabalhando em cima disso, procurando errar menos, aproveitar as oportunidades. O professor já pediu para eu treinar em cima das finalizações”, diz o atacante. “É treinar e ter tranquilidade. Tem hora que fico cara a cara, tem hora que fico um pouco nervoso. Só treinando para melhorar”, acrescenta.

Aos 19 anos, Carlos está na segunda temporada como profissional. O cenário é bem diferente do encarado na base: estádios cheios, grandes competições e cobranças da torcida. “A cobrança não era tanta como agora. Antes o torcedor não ficava em cima”, lembra.

Com o técnico Levir Culpi, o atacante tem uma segunda função em campo: ajudar na marcação, principalmente nas descidas do lateral adversário. Carlos não considera essa obrigação mais um obstáculo para recuperar a média de gols. Ele diz que já fazia papel semelhante nos juniores: “Desde a base já venho marcando o corredor. Isso não é o problema.”

Visão do especialista

Foi no segundo semestre de 2014 que Carlos se firmou no grupo profissional do Atlético. Antes da integração ao elenco comandado por Levir Culpi, o então treinador do júnior alvinegro, Rogério Micale, comentou transição do atleta. Já recomendava paciência com o jovem jogador:

“Carlos já vem se mostrando há muito tempo com uma característica importante de ser artilheiro. Tem sido artilheiro em todas as categorias que passou. Ele chegou ao time júnior um ano mais cedo que o normal e ainda tem mais um ano. É uma esperança nossa e temos que ter paciência e tranquilidade para desenvolver esse jogador”, disse, em agosto passado, Rogério Micale, que hoje está à frente da Seleção Brasileira Sub-20.

No começo deste, Micale voltou a analisar Carlos, agora já cobrado por erros nas finalizações. “O Carlos é um menino de 19 anos. Ele é artilheiro e sofreu com cobranças nas finalizações. A partir do momento em que subiu, deixou de trabalhar o fundamento justamente quando estava no processo de amadurecimento. No profissional, não há treinos para aperfeiçoar, pois é jogo em cima de jogo. Quando perde o gol, é cobrado, mas taticamente é um jogador extremamente comprometido com o que o treinador pede”, disse em janeiro ao Superesportes.

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