Atlético

ATLÉTICO

Agora, só na história

postado em 03/07/2015 11:00 / atualizado em 03/07/2015 08:22

Quando o torcedor do Atlético olhar para a maior conquista do clube, a de 2013, lá estará um quarteto mágico que talvez melhor represente aquela geração: Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Jô e Bernard, encantaram o país e levaram a equipe ao título inédito da Copa Libertadores. Dois anos depois, o alvinegro se despede do último integrante do quadrado que marcou, junto, 21 gols naquela campanha vitoriosa: de malas prontas para o Al-Shabab, dos Emirados Árabes, o atacante Jô acertou ontem sua saída. Na negociação, os mineiros receberão 50% dos 2,8 milhões de euros pagos – o equivalente a R$ 4,5 milhões irão para o caixa atleticano.

Curiosamente, os quatro jogadores do ataque de 2013 optaram por mercados alternativos. O prata da casa Bernard foi o primeiro a sair, negociado por R$ 76 milhões para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, pouco depois da decisão da Libertadores. Quase um ano depois, Ronaldinho Gaúcho pôs fim ao ciclo de dois anos no Galo, foi para o Querétaro, do México, e caminha para fechar com o Antalyaspor-TUR. No início de 2015, Diego Tardelli foi seduzido por proposta milionária do Shandong Luneng, da China.

Se o quarteto foi considerado um dos mais qualificados da história da equipe, os jogadores nunca mais repetiram o alto rendimento que tiveram em 2013. Tardelli foi a exceção, ao se destacar no título da Copa do Brasil no ano passado e voltar à Seleção Brasileira.

Jô e Bernard não voltaram mais a vestir a camisa verde-amarela após o fracasso brasileiro na Copa do Mundo, e Ronaldinho Gaúcho ganhou mais destaque fora de campo do que dentro das quatro linhas.

Jô assinará contrato por três anos e será treinado por Caio Júnior. Deve receber em torno de R$ 1 milhão mensais. O técnico Levir Culpi não se opôs à saída do atacante, mas entende que o planejamento para o Campeonato Brasileiro se torna difícil quando há muitas mudanças: “Se aparecer proposta da China, o clube não pode deixar de fazer. O próprio jogador vai querer sua independência financeira. Mas essas situações determinam oscilação durante a competição. Os times não ficam encaixados, chega jogador novo, saem peças importantes... Tem sido a pior situação para o técnico, porque não conseguimos manter um padrão”.

O jogador caiu muito de rendimento depois da Copa do Mundo e chegou a ficar mais de um ano sem balançar as redes. Foi multado (40% do salário) no ano passado por indisciplina, suspenso por 30 dias e perdoado. Agora, restam 10 jogadores do título da Libertadores: os goleiros Victor e Giovanni, os laterais Marcos Rocha, Carlos César e Lucas Cândido, os zagueiros Leonardo Silva e Jemerson, os volantes Josué e Leandro Donizete e o atacante Luan.

REFORÇO
O Atlético deve buscar um jogador para a posição. O chileno Vargas é opção, mas a valorização dificulta um acerto. Levir descartou promover um atleta da base e admite usar mais Carlos, fixo ou pelas laterais.

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