O chamado de Levir Culpi surpreendeu Guilherme. O meia-atacante foi escalado entre os titulares do Atlético durante do coletivo desta quinta-feira, na Cidade do Galo, atividade preparatória para o jogo deste sábado contra o Figueirense.
“Fui pego de surpresa, achei que fosse entrar na segunda parte”, disse, referindo ao período em que Levir mandou a campo apenas os reservas.
Guilherme entrou no lugar do volante Leandro Donizete. Ele ainda não sabe qual formação vai começar a partida. Por isso, evita criar expectativas. “Eu procuro não ficar com ela, pois não está definido, prefiro manter a tranquilidade em me preparar mentalmente. Não vou para casa com esse entusiasmo todo, para, se ocorrer de eu ficar no banco, não acontecer nenhuma frustração.”
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O atleta não concorda. “A verdade é que em cada época, eu vivi alguma situação que me impedisse de jogar. Talvez, na cabeça dele, ele tenha a razão dele. Mas isso é muito pouco para uma justificativa. Se ele disser que o time titular está bem, aceito mais do que falar que minha cabeça não está aqui. Se eu não quisesse ficar aqui, eu já tinha dado um meio de sair daqui.”
Guilherme fez questão de ressaltar que não há nenhum problema com Levir Culpi. “O Levir é um cara que eu gosto muito e momento algum eu culpo ele, mas, às vezes, é o que ele pensa, mas não é o que eu penso. Não é nenhum conflito. Ele pediu para eu focar e eu estou focando. Não estou cobrando titularidade, mas, na medida do possível, quero entrar um pouco e chutar a bola. Não há nenhuma desavença.”
Questionado sobre seus planos, Guilherme reafirmou foco no Atlético, mas não descartou uma transferência, segundo ele, situação comum para qualquer jogador. “Não posso afirmar que vou ficar, porque ainda existem situações para todos os jogadores. Um time que é líder e é sondado a todo momento. Tudo pode acontecer. É importante falar que não fico carregando todo dia o desejo de sair. Desejo é de cumprir, a não ser que aconteça situações comuns de janela.”
Apesar disso, o meia-atacante não vai evitar o sétimo jogo pelo Galo no Campeonato Brasileiro, o que impossibilitaria uma troca por um clube da Série A. “Eu não me sinto tão útil hoje, mas não penso em não jogar.”