Todos optaram pela recuperação no Atlético graças à amizade e à confiança no trabalho do médico do clube, Rodrigo Lasmar, que também chefia o departamento médico da Seleção Brasileira desde o ano passado. Na rotina diária no clube, eles dividiram as atenções e conviveram com os atletas alvinegros que ficam fora de combate no Campeonato Brasileiro. Por normas do clube, todos precisaram usar os uniformes de treino alvinegro.
O último a concluir sua recuperação na Cidade do Galo é Richarlyson, de 30 anos, que vem fazendo reforço muscular depois de passar por cirurgia no joelho direito. Ele ainda ficará algumas semanas sob os cuidados dos fisioterapeutas Rômulo Frank e Guilherme Fialho. Depois, vai se reapresentar ao técnico Vinícius Eutrópio, na Chapecoense.
“O Atlético tem muito a oferecer para os jogadores, principalmente aqueles que defenderam o clube em outros tempos e os de nível internacional. Quando sofrem algum tipo de lesão, é comum eles procurarem tratamento no Brasil. Pela estrutura e capacidade dos profissionais do Atlético, isso tem sido mais frequente e eles têm nos procurado. Alguns deles sofreram cirurgias, como Luiz Gustavo, Diego Alves e Richarlyson. Mostra que o investimento feito pelo clube tem reconhecimento grande dentro e fora do Brasil”, afirma Rodrigo Lasmar, filho de Neylor Lasmar, que foi médico do Atlético de 1975 a 2000.
O ex-americano Danilo, que vai se apresentar nos próximos dias ao Real Madrid, escolheu a Cidade do Galo pelas boas condições de trabalho e também para ficar perto da família. “O Atlético tem uma estrutura excelente em seu departamento médico e em sua fisioterapia. O Rodrigo Lasmar vem acompanhando minha recuperação e quero agradecer ao Atlético por abrir as portas para minha reabilitação”. Ele machucou o tornozelo esquerdo, acabou sendo cortado da Copa América e foi operado por Lasmar na capital Mineira.
Como Danilo, Luiz Gustavo foi cortado da Seleção, mas devido a um problema no menisco do joelho direito. Ele foi operado no Hospital Mater Dei e começou a primeira parte da reabilitação no CT de Vespasiano. Já o goleiro Diego Alves, que defendeu o Galo entre 2005 e 2007, sofreu ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco externo do joelho esquerdo e ficará parado por seis meses. Ele esteve na Cidade do Galo em junho. O lateral-direito Alex Silva, por sua vez, ainda tem os direitos ligados ao alvinegro e está emprestado ao Sport. Ele decidiu voltar a Belo Horizonte para tratar de lesão na coxa direita.
LIMITE DE PEDIDOS Nos últimos anos, o Atlético recebeu várias solicitações para tratamento. Os ex-cruzeirenses Maicon (da Roma) e Jussiê (do Bordeaux) e os ex-atleticanos Túlio de Melo (do Evian-FRA) e Marcinho (sem clube) concluíram sua reabilitação na Cidade do Galo. Mas, muitas vezes, o clube mineiro precisa recusar pedidos, justamente porque a prioridade é o bem-estar dos jogadores alvinegros. “Infelizmente temos de negar. Nossa estrutura é de primeiríssima qualidade, mas não podemos perder essa qualidade devido ao grande número de atletas em tratamento. A prioridade são os jogadores do clube, mas estamos de portas abertas. Nosso ganho é o fortalecimento da marca e da infraestrutura”, ressalta Rodrigo Lasmar.