A princípio, a situação de Pratto não preocupa para a sequência do Brasileiro. O argentino passou por exame de imagem na quarta-feira e não foi apontada nenhuma lesão. Ele ficará em tratamento com gelo e por conta da fisioterapia no fim de semana, na expectativa de retornar aos treinos com o grupo na segunda-feira. Depois que sentiu o incômodo muscular, o atacante não mais deixou o departamento médico e não foi visto na Cidade do Galo. É a segunda vez que o argentino desfalca o Galo por causa de problema médico – entre fevereiro e março, ele ficou de fora de várias partidas do Campeonato Mineiro e da Copa Libertadores em virtude de estiramento muscular na coxa direita.
O desafio da equipe alvinegra é manter o alto nível sem seu principal jogador. Guilherme fará o papel de centroavante, mas terá liberdade para buscar o jogo, armar jogadas ou mesmo trocar de posição com Thiago Ribeiro e Giovanni Augusto. O jogador não era titular desde 26 de abril, na decisão do Estadual contra a Caldense (empate sem gols no Mineirão). “Ajudarei na armação, no ataque... Levir não conversou nada específico. Em alguns momentos, ficarei mais avançado do que de costume, mas com rotatividade maior. No treino, saiu tudo bem, agora é praticar no jogo”, afirma Guilherme, que atuou na posição no início da carreira, quando defendia o Cruzeiro.
Ele mostrou-se chateado por não ter tido oportunidade de entrar desde o começo desde que se recuperou de contusão muscular. Durante esse tempo, chegou a aceitar proposta do Cruz Azul e viajou para o México, mas não houve acerto e o armador foi reintegrado ao grupo atleticano. Contra o Goiás, Guilherme fará o sétimo jogo pelo Galo no Brasileiro e, assim, ficará impedido de se transferir para outra equipe da Primeira Divisão nos próximos meses.
O armador revelou que seria titular mesmo se Lucas Pratto não tivesse se machucado: “A oportunidade já ia aparecer, mas a saída do Pratto foi algo inusitado e o planejamento mudou um pouco. Posso afirmar que sempre fiquei com a cabeça aqui dentro, tentando melhorar. Para mim, é um privilégio estar disputando título e focado na liderança do Brasileiro. Mas é bom fazer logo o sétimo jogo e acabar com essas especulações”.
COPA DO BRASIL O Galo se apega ao fato de ter sido campeão da Copa do Brasil sem um centroavante fixo para ganhar motivação para vencer o Goiás, quarta equipe de pior aproveitamento como mandante. No ano passado, o Atlético chegou ao inédito título nacional atuando com Diego Tardelli e Carlos na frente, dupla que se destacava pela intensa movimentação no meio-campo.
O Galo pode não ter nenhum atacante no banco de reservas no Serra Dourada, pois Luan e Carlos estão machucados. Leonardo e Pablo (ex-Oeste) foram reintegrados ao grupo recentemente, contudo, não têm sido relacionados para as partidas.
Até 2018
O Atlético anunciou a renovação do contrato do lateral-direito Carlos César por três anos – agora, o vínculo vai até 2018. Com a camisa do Galo, o jogador, de 28 anos, disputou 45 partidas e marcou dois gols. Carlos César chegou ao Atlético em 2011 e ajudou o clube na fuga do rebaixamento no Campeonato Brasileiro daquele ano. Em 2012 e 2013, no entanto, teve poucas oportunidades pelo técnico Cuca. No ano passado, ele foi emprestado para o Atlético-PR. De volta ao Galo nesta temporada, ele se tornou a terceira opção na lateral, mas entrou em campo em algumas partidas, com as lesões de Marcos Rocha e os problemas contratuais de Patric.