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Daniel Nepomuceno fala sobre Ronaldinho Gaúcho, estádio, planejamento e reforços

Entre outros assuntos, presidente do Atlético descartou a volta de R10 ao Galo

postado em 06/10/2015 11:20 / atualizado em 06/10/2015 12:20

DIVULGAÇÃO / ATLÉTICO
O presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, abordou vários assuntos em entrevista a uma rádio na manhã desta terça-feira. O mandatário falou sobre o desejo de renovar com o técnico Levir Culpi, ressaltou a necessidade de um planejamento estratégico para a próxima temporada e comentou o sonho do estádio próprio.

Entre outros temas, o sucessor de Alexandre Kalil descartou a volta de Ronaldinho Gaúcho ao Galo. A entrevista foi concedida à 98 FM.

Principais pontos da entrevista:

Planejamento


A gente precisa de três reforços para o ano que vem. Quando eu assumi o Atlético no ano passado, eu falei que a gente queria dois ou três, mas acabou que contratamos mais. Nós temos um elenco que o contrato em vigência menor é de 2018. Temos alguns jogadores para renovar, mas a base do time está assegurada. Não paramos de avaliar em nenhum momento os jogadores da América do Sul, as promessas do Brasil, o que a gente tem que fazer é errar menos. Contratar jogadores para disputar vaga e segurar por mais tempo. Perdemos alguns jogadores importantes, mas mantivemos o grupo.

Levir Culpi

Sem dúvida (é nosso desejo que ele fique). Até brinquei outro dia que o Levir deixou para renovar o contrato dele no último dia. Então, ele faz esse suspense, ele sabe do nosso desejo de mantê-lo, ele tem identificação com o Atlético, gosta do clube, e ele está focado no campeonato. Depois, a gente senta e consegue sair com a renovação.

Estádio próprio e ampliação do Independência

Ideal é a casa própria, que você arrecade 60%, 70%. Hoje, o Atlético deixa 50% da receita para trás. Acho que o Independência é uma casa que o atleticano gostou, identificou, que nós conseguimos erguer o clube. Mas a ampliação precisa de um projeto, tem um custo alto. Estamos com dois projetos, um móvel e a construção.

Já em relação ao nosso estádio, o projeto está caminhando da mesma maneira na prefeitura, projeto terá que ser votado pelos vereadores, tem um caminho burocrático. Mas a realidade do ano passado era outra. Eu tinha uma perspectiva de conseguir investidores. Hoje, com a economia que está, você não encontra ninguém querendo investir no país. É um equipamento de R$ 500 milhões, R$ 550 milhões, que é viável, quem investir terá o retorno em 30 anos, o problema é que economicamente a pessoa não tem coragem de investir. Mas o projeto não está parado de forma nenhuma, estamos em busca de outros parceiros. E o que eu não abro mão é dos 45 mil lugares. Quem abriu mão de lugares, caso de Corinthians e Grêmio, tem que pagar banco. Agora, demora. Mas time grande tem que ter estádio.

Clássico com torcida dividida

Não vou ser hipócrita. O saudosismo de ver o estádio dividido acabou. Na minha gestão, não tem essa possibilidade. O Independência não cabe duas torcidas do mesmo tamanho. E o Mineirão, sim. Quando for dois jogos no Mineirão, como uma eventual final de Mineiro, a gente pode discutir. Nesta hipótese. Mas do jeito que está, com a possibilidade de jogar no Independência, não tem como. Eu não vejo problema de jogar no Mineirão com 10% de torcida do Atlético... Eu acho que poderia aumentar o setor misto, para levar família, namorada.

Ronaldinho Gaúcho

Cria-se uma expectativa quando o assunto é Ronaldinho. Ele realmente ama o Atlético. No vestiário depois da partida contra o Fluminense, ele nos recebeu muito bem, brincou conosco. Mas o planejamento que a gente está fazendo é outro, o nosso trabalho é muito voltado para os reforços pontuais, em um trabalho com o técnico e com o Maluf. E quem dera se a gente pudesse contar com as pessoas que a gente gosta, com os nossos ídolos. Mas o momento é outro...

Sánchez do River e Sergio Díaz do Cerro Porteño

Sempre e nada ao mesmo tempo.