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De volta ao comando do Atlético, Marcelo Oliveira vive entre o passado e o presente

Treinador revê antigos amigos e se depara com um velho problema: a lateral esquerda

postado em 24/05/2016 11:21 / atualizado em 24/05/2016 11:30

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
O reencontro do técnico Marcelo Oliveira com a Cidade do Galo, onde ele trabalhou entre 2002 e 2008, foi, na realidade, um dia de recordações. Em sua primeira atividade em Belo Horizonte, o treinador do Atlético reviu antigos companheiros (como os massagistas Belmiro Oliveira e Eduardo Vasconcelos, o preparador físico Luís Otávio Kalil e o auxiliar de campo Ligeirinho) e, por mais que tenha feito história no rival, Cruzeiro, ele parecia se sentir em casa.

Mais experiente em relação à última passagem pelo Galo, há oito anos, Marcelo chegou determinado a solucionar os problemas da equipe, que buscará a liderança do Campeonato Brasileiro na quinta-feira, às 21h, diante do Grêmio, no Independência. O treino desta segunda-feira, com os reservas, foi todo dedicado às finalizações, um dos pontos fracos no empate por 1 a 1 com o Atlético-PR, em Curitiba. Marcelo espera que a equipe possa marcar mais gols na mesma proporção em que criar as chances.

“Foi um primeiro contato positivo, particularmente, já conheço como ele trabalha. É um treinador tranquilo, com as ideias claras do que quer. Espero que tenha sucesso aqui, como teve em outros clubes”, diz o zagueiro Edcarlos, que terá uma sequência de jogos como titular neste início de Brasileiro.

O defensor entende que ainda é cedo para fazer qualquer paralelo entre o trabalho do atual técnico e o do uruguaio Diego Aguirre: “A base foi mantida. O Marcelo compartilha de muitas coisas que o Aguirre defendeu, como a organização em campo, a transição e a posse de bola. Mas é cedo para fazer uma analogia dos dois”.

O tempo passou, porém, Marcelo vai enfrentar um problema crônico que o atormentou na última passagem pelo alvinegro: a lateral esquerda. Com a ida de Douglas Santos para a Seleção Brasileira, o treinador recorrerá à improvisação, já que o reserva Mansur está machucado. Neste ano, Carlos César e Patric atuaram na posição quando Douglas não atuou. Uma terceira opção seria Lucas Cândido, canhoto e volante de origem, mas o jogador já não joga pelos lados desde o ano passado.

A diretoria deve contratar um jogador para a posição, a pedido do treinador. A lateral esquerda tem sido a dificuldade maior do Galo desde que Dedê se transferiu para o futebol alemão, no fim da década de 1990. O Galo só encontrou estabilidade com o investimento em Douglas Santos, comprado à Udinese em 2014. Ele tem contrato até 2019.

PERDAS

Contra o Grêmio, o time terá sete ausências. Além do lateral, o zagueiro Erazo e o armador Cazares estão defendendo a Seleção Equatoriana; o zagueiro Leonardo Silva e os atacantes Lucas Pratto e Robinho estão machucados; e o volante Leandro Donizete cumpre a penúltima partida de suspensão imposta pelo STJD. Robinho começou a correr no campo, mas necessita de mais alguns dias para intensificar o condicionamento físico.

Edcarlos diz que é nessas horas que o grupo atleticano precisa provar que é qualificado: “Aqueles que são convocados (para seleções) ficam felizes, mas os clubes perdem muito porque são peças importantes e saem numa hora crucial, pois poderíamos dar uma arrancada. Ganha a equipe que conseguiu montar um grupo bom”.

O volante Júnior Urso deve enfrentar os gaúchos. Poupado contra o Atlético-PR por desgaste muscular, ele se recuperou e treinou ontem ao lado dos reservas.

FORA DE JOGO
Jogador               Posição         Situação

Leonardo Silva      zagueiro      machucado
Erazo                        zagueiro      Sel. Equatoriana
Douglas Santos     lateral         Sel. Brasileira
Leandro Donizete  volante       suspenso
Cazares                    armador      Sel. Equatoriana
Lucas Pratto         atacante      machucado

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