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Dupla histórica, golaço, "Beckham e Maradona": a classificação do Galo sobre o Inter em 2002

Na Copa do Brasil daquele ano, Atlético eliminou o Colorado nas oitavas de final; agora mineiros e gaúchos disputam uma vaga na decisão do torneio de 2016

postado em 25/10/2016 16:10 / atualizado em 26/10/2016 20:25

Arquivo EM DA Press

Atlético e Internacional iniciam nesta quarta-feira, em Porto Alegre, a disputa por uma vaga na decisão da Copa do Brasil. Esse não será o primeiro mata-mata entre as equipes na história do torneio. Em 2002, Galo e Colorado ficaram frente a frente nas oitavas de final. E quem levou a melhor no duelo foram os mineiros.

O Atlético tinha em campo uma dupla histórica: Marques e Guilherme. E ela foi decisiva para o time abrir vantagem de 2 a 0 na partida de ida, no Mineirão. O primeiro gol, foi um golaço. E é justamente Marques quem descreve a jogada:

“Eu me lembro bem. Foi uma jogada iniciada pelo Mancini na direita. Eu e o Guilherme jogávamos muito no intuitivo, sabendo o que o outro faria em campo. Que dupla! Esses caras jogavam até mais ou menos... Ele toquei de primeira e passei. Ele devolveu de calcanhar e matou a defesa do Inter. Só toquei para as redes”, disse o ex-atacante. O Galo fechou o placar com o matador Guilherme, de peito.

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Na volta em Porto Alegre, o Atlético foi derrotado por 3 a 2. Porém, os gols marcados fora de casa levaram o time mineiro às quartas de final. O Inter vencia por 2 a 0 quando, no segundo tempo, o Galo contou com “Beckham” para marcar o gol que encaminhou a vaga. “Beckham” era o apelido do meia Rodrigo, ex-Botafogo e conhecido também pelo chute forte. Curiosamente, nos confrontos com o Inter, o “Beckham” brasileiro foi substituído por “Maradona”, ou melhor, o armador Ewerton, que carregava o apelido do ídolo argentino. O Inter ampliou para 3 a 1, mas Kim, em outro belo gol, decretou o 3 a 2.

Em 2002, o Atlético parou nas semifinais, sendo surpreendido pelo Brasiliense, após duas derrotas, 3 a 0 em pleno Mineirão e 2 a 1 em Brasília.

Naquela época, recorda Marques, o Galo jogava em função da dupla de ataque e era muito dependente do time considerado titular. A saída de um ou outro atleta comprometia o desempenho da equipe. Hoje, destaca o ex-atacante, o clube conta com um dos elencos mais fortes do Brasil, se dando ao luxo de poupar atletas como Robinho e Lucas Pratto no jogo contra o Figueirense, domingo passado, pelo Campeonato Brasileiro.

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“Era um time que jogava em função da dupla ofensiva, contava muito com minhas jogadas e as do Guilherme. O clube montava bons times, mas era um time, não um elenco. Hoje você vê o Atlético se dar ao luxo de poupar Robinho e Lucas Pratto. Entra o Otero, que me lembrou Marcelinho Carioca cobrando falta, e decidiu, sem contar Fred, que sempre marca gol. O elenco tem muita qualidade. Isso é fundamental quando as competições se afunilam”, disse.

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