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Ataque do Galo cumpre "meta defensiva" que deixa vitória mais próxima; Roger explica

Linha ofensiva é responsável por 34% das roubadas de bola, aproveitamento visto como fundamental para a construção dos triunfos, segundo o treinador

postado em 22/02/2017 17:30 / atualizado em 23/02/2017 10:07

Bruno Cantini/ Atlético

Há menos de dois meses à frente do Atlético, Roger Machado vai, aos poucos, implantando sua filosofia de jogo e obtendo resposta positiva dos atletas. Roubar a bola no campo de defesa do adversário é um dos pilares da proposta do treinador. Ele estipula que 30% das intercepções sejam alcançados pelos jogadores de ataque. Esse número, de acordo com técnico, aproxima as equipes das vitórias. Por enquanto, a meta vem sendo cumprida no Galo.

Em seis partidas em 2017, foram 65 desarmes, uma média de 10,83 por jogo. Os meias e atacantes alvinegros foram responsáveis por 22 roubadas de bola, ou seja, 34,18%, um pouco acima do percentual desejado por Roger.

“Quando os jogadores da frente são responsáveis por 30% das bolas roubadas ou interceptadas, a vitória fica mais próxima. Isso mostrei aos meus jogadores, com números do próprio Atlético, no ano passado. Quando tiveram um número significativo de interceptações ou roubadas de bolas, o time venceu”, diz o técnico.

O trio de meias do Galo se destaca no quesito. Otero soma seis desarmes, seguido por Cazares e Danilo, com cinco cada. Mesmo quando o combate não resulta na perda imediata da posse pelo rival, ele é importante para forçar um passe precipitado ou até a ligação direta da defesa com o ataque.

“Os jogadores não podem ficar inativos, sem movimentação. O jogador fica pouco tempo com a bola no pé em campo. No restante do jogo, ele corre para se posicionar e para marcar. É importante saber fazer a movimentação certa na marcação para que o time consiga roubar a bola com mais frequência”, analisa Roger.

No domingo passado, a teoria do treinador mostrou resultado. Na vitória por 4 a 1 sobre o América, o Atlético chegou ao segundo gol graças a persistência de Cazares em recuperar a bola no ataque. O meia equatoriano foi desarmado por Messias na linha de fundo, mas não desistiu e pressionou o lateral Auro, que tentou evitar o escanteio e acabou entregando a bola nos pés de Fábio Santos. O lateral cruzou e o Fred balançou as redes.

Roger Machado destaca que obrigação de marcar no campo adversário não significa sacrificar o talento de meias e atacantes.

“Quando falam que o jogador de ataque se cansa ao correr para roubar a bola e chegam sem força ao ataque, eu não concordo. Quando ele ajuda a roubar a bola, a chance de participar de uma jogada de gol, com assistência ou a finalização, é muito maior”, diz. “Temos que gerenciar o esforço desse jogador para que ele tenha sempre a energia para sua principal característica”, acrescenta.

A dosagem tem surtido efeito. Gols e assistências também têm saído para o quarteto ofensivo. Fred já marcou seis vezes, em cinco partidas disputadas. Danilo tem três gols, em quatro jogos. Otero fez dois, em seis compromissos. Cazares ainda não marcou, mas está entre os que mais finalizam.

Desarmes Atlético 2017


65 roubadas de bola em seis jogos
22 interceptações feitas por meias e atacantes, ou seja, 34,18%

Primeira Liga
14 desarmes

Marcos Rocha 3
Danilo 3
Leonardo Silva 1
Gabriel 1
Felipe Santana 1
Carioca 1
Elias 1
Cazares 1
Maicosuel 1
Otero 1


Campeonato Mineiro
51 desarmes

Marcos Rocha 10
Carioca 6
Elias 6
Otero 5
Fábio Santos 4
Cazares 4
Gabriel 2
Leonardo Silva 2
Felipe Santana 2
Danilo 2
Ralph 2
Lucas Pratto 2
Yago 1
Clayton 1
Maicosuel 1
Fred 1

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