Ídolo e titular incontestável no gol do Atlético, Victor teve que assistir, de fora dos gramados, o início de temporada da equipe. Depois de uma lesão e de passar por cirurgia no ombro direito, ainda no período de férias, foram 137 dias de recuperação até o retorno ao time, neste domingo, no Independência, no triunfo por 3 a 0 sobre a URT, pela segunda partida da semifinal do Campeonato Mineiro.
Não que a equipe tenha precisado das intervenções salvadoras do goleiro atleticano. Victor teve atuação tranquila nos 90 minutos. A URT finalizou seis vezes, sendo somente uma no alvo para defesa fácil do camisa 1 atleticano. Em outras jogadas, a equipe de Patos de Minas tentou sete cruzamentos – errou todos – e teve quatro escanteios.
“É um misto de emoção, alegria e alívio. Passar mais de quatro meses afastado, é uma situação inédita na minha carreira. Estou muito feliz pelo retorno, pela classificação, e por levar o Atlético a mais uma final. Tenho que agradecer a Deus, à minha família, e ao torcedor que sempre manifestou seu apoio e carinho, que confia no meu trabalho. É por esse torcedor que eu trabalho a cada dia, que me motiva, e espero continuar podendo retribuir esse carinho dentro de campo”, disse Victor à TV Globo.
Com o Galo na final estadual e prestes a decidir sua posição na fase de grupos da Copa Libertadores – Libertad, na próxima quarta-feira, em Belo Horizonte, e Sport Boys, dia 3 de abril, na Bolívia –, Roger Machado tem uma tranquilidade a mais para escalar o time. O treinador também comentou sobre o retorno de Victor e a atmosfera em torno do 'santo alvinegro'.
“Jamais vou abrir mão ou me eximir da responsabilidade de trocar ou escalar determinado jogador quando tiver que fazê-lo. Era importante a volta do Victor – todo mundo sabe da importância e do peso dele –, mas acima de tudo ele voltar no momento mais do que bem treinado, quando estivesse confiante. Ele estava confiante para vir para o jogo e fez uma reestreia tranquila. É experiente e sabe conduzir esse processo dentro de campo. Foi muito bem”, analisou Roger Machado.