Atlético

ATLÉTICO

Presidente analisa elenco, fala de reforços e do novo superintendente de futebol do Galo

Daniel Nepomuceno ratifica que time tem obrigação de brigar por títulos

postado em 19/06/2017 18:54 / atualizado em 19/06/2017 19:05

Bruno Cantini/Atlético

A turbulência passada pelo Atlético no começo de Campeonato Brasileiro deixou questionamentos sobre o time. O presidente Daniel Nepomuceno saiu em defesa do trabalho realizado no clube. Rebateu as críticas quanto à média de idade mais alta do grupo e disse que a equipe foi montada para brigar por títulos. Não descartou reforços, mas dentro de um planejamento, sem pressão por resultados. Nepomuceno aproveitou ainda para explicar a escolha de André Figueiredo, diretor das categorias de base, para assumir o cargo de superintendente de futebol profissional. Confira trechos da entrevista:



Reforços para o time

"A gente é bem agressivo nas contratações. Nos últimos anos, o Atlético disputa no mercado a ponta dos jogadores. Nos resultados negativos, as pessoas buscam culpa. Não é sempre que correr atrás de jogadores vai resolver as falhas. Se houver um jogador que venha nos ajudar, vamos contratar. Já vestiram a camisa do Atlético 38 atletas. Sempre queremos fortalecer, com subidas da base e manter os atletas que são referência. É evidente que pelo número de contusões, temos que correr e ser ágeis para suprir. Tento fazer o planejamento em janeiro, mais do que em julho. Este ano, a janela entra em uma fase decisiva da Libertadores e da Copa do Brasil, e em uma fase que separa quem vai brigar por título ou não no Brasileiro. Queremos brigar pelo título. Nunca fiz promessas, mas sempre apresentei jogadores de níveis altos. Pelo elenco que temos, tem de brigar pelo título. Aparecendo algum jogador, sem fazer loucuras que as pessoas questionam, pois me perguntam onde arrumo o dinheiro. A equação é uma só. Se você acerta na contratação e vende mais caro, você mantém o elenco bom durante anos. Mas começa a errar e contratar por pressão, fica o prejuízo”.

Média alta de idade do elenco

“Não é critério (buscar jogadores para baixar essa média). Independentemente da idade, temos de trazer bom jogador. Se for destaque na Série B ou em clubes menores, o risco é muito alto, com valor colocado para clube europeu. Já contratamos atletas que a camisa pesa. A média do Atlético, dos 11 que entram em campo, não é superior a do restante do campeonato. Podemos fazer um time com jogadores com média de 23, com jogadores conhecidos. No elenco, temos jogadores jovens, aqueles que são referências e novas contratações. Se fizermos essa média, o grupo está bem. É difícil colocar no banco o Robinho e Fred, jogadores com idade superior. Mas quando colocam, entra em campo um menino com idade menor e qualidade igual”.

André Figueiredo, novo superintendente

“Se não enxergasse (espírito de liderança), ele não teria subido do profissional. Para a figura do diretor de futebol, tem poucas pessoas no Brasil. Essa função tem de ter 100% da confiança do presidente e de quem trabalha no dia a dia. Não é para trazer alguém de outro país para fazer a gestão de futebol".

Presidente presente no dia a dia do futebol

"Desde que assumi, exercemos essa função conjunta. Basta perguntar como fizemos as contratações. No momento de crise, o presidente tem de estar presidente. O Maluf é insubstituível. O André fará o dia a dia com os jogadores no vestiário, no treino. O grupo precisa de um maestro, que resolverá questões pequenas que podem virar uma coisa grande. Nossa equipe é pequena. Vocês nunca viram cinco supervisores, gerentes de várias áreas, como vemos em outras equipes'.

Novo diretor para a base

"Terá outro diretor na base, estamos avaliando nomes".

Time campeão da Copa do Brasil Sub-20

"A ideia é que essa geração suba direto para o sub-23 (clube está criando um time sub-23 para disputar a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro). O que eu pedi para o Diego (Giacomini, auxiliar técnico do profissional),  para o Roger (Machado, treinador) e para o André, é que eles vão ter de acompanhar os dois times. Cada um vai deixar mais horas de trabalho no clube. O sub-23 não será uma categoria abaixo. É simplesmente o profissional que precisa ter mais visibilidade"

Risco de perda de peças na janela de transferências

"Sempre tem, sempre aparece. Quando a proposta é boa, ninguém consegue segurar. No Brasil, você necessita vender para pagar as contas. Nossa meta é fabricar novos talentos, trazer jogadores menos valorizados, valorizá-los e colocarmos dinheiro em caixa. O grande problema é quando você não planeja. Quando recusei a proposta pelo Pratto, muita gente criticou, mas naquele momento não havia peça para substituir".

Tags: daniel nepomuceno atlético mercadobola libertadores2017 copadobrasil seriea galo