Santa Cruz

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De vida de "bicos" no Recife à titularidade do Santa Cruz, Wellington celebra nova vida

Titular absoluto do Tricolor, prata da casa espera chegar ainda mais longe

postado em 13/08/2015 08:15 / atualizado em 13/08/2015 08:21

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Por mais que desejasse, Wellington não imaginava no inicio do ano que passaria por um momento tão bom como o que vive atualmente. Titular absoluto do Santa Cruz, conquistou Marcelo Martelotte com atuações regulares - que também lhe renderam aumento salarial e uma renovação de contrato até 2018 no começo do mês. O passado recente do volante vai aos poucos ficando para trás. De vida difícil no bairro da Várzea, zona oeste do Recife, vivia de “bicos” para ajudar a manter a casa. Agora convive com tempos mais fartura. E espera ir ainda mais longe.

De mero peladeiro, Wellington foi aprovado pelo clube após um teste num “peneirão” em Beberibe, em 2010. Das categorias de base do Tricolor, passou por seguidos empréstimos para times do interior do estado, porém nunca havia tido chance entre os profissionais. Ela só veio no começo de 2015. O volante não deixou a oportunidade passar.

Reserva no Estadual e no inicio da Série B, agarrou a vaga entre os 11 nos três últimos jogos de Ricardinho no comando da equipe. Guardou a posição depois de chegada de Martelotte e só precisou sair do time uma vez de lá para cá por causa de uma suspensão. Wellington comemora a fase na carreira. Comemora também um possível recomeço na vida pessoal. Na dos familiares que ajuda. Pouco a pouco, os tempos difíceis vão ficando apenas na sua memória.

“Eu ajudava meu pai, que não tinha um trabalho fixo. A gente fazia ‘bicos’ nas casas do povo. Eu ajudava como servente de pedreiro, também a pintar uma grade, uma parede, limpar um quintal de alguém…”, recorda, sem esconder o passado, tampouco a crônica timidez que ainda mostra a cada entrevista coletiva. "Hoje, meu pai me elogia e também pega muito no meu pé. Corneta muito", completa, aos risos.

Realizado, o volante de 21 anos não esperava uma ascensão meteórica em 2015. “É um sonho realizado. Vivo um momento bom. Sempre sonhei em jogar no Santa Cruz, ser titular. Estou tendo esta oportunidade de mostrar o meu potencial a cada jogo”, celebra. “Quero chegar mais longe ainda”, emenda, em seguida, sem determinar o que onde e quando vai chegar, mas ciente que tem potencial para tanto.

Wellington no Santa Cruz

17
Jogos

14
Como titular

4
No Pernambucano

13
Na Série B

1299
Minutos em campo