Uillian Correia disputa finais seguidas pela segunda vez e quer desfecho diferente no Santa

Poucos são os jogadores que têm a oportunidade de encarar duas finas, por competições distintas, em apenas uma semana. Uillian Correia é um deles. E o fato, inclusive, não é inédito para o volante. Em 2015, quando vestia a camisa do Ceará, ele foi campeão do Nordeste em cima do Bahia. Logo em seguida, decidiu o título cearense, e teve pior sorte: perdeu para o Fortaleza, com direito a gol sofrido nos acréscimos. Agora, ele tem a rara chance de escrever uma história diferente, caso consiga triunfar sobre o Sport e levantar duas taças na mesma semana.

O volante, porém, sabe que existem duas decisões no caminho. E para poder comemorar o título estadual no próximo domingo, será preciso deixar tudo dentro de campo. "É um jogo de 180 minutos, de inteligência, em que temos que ter tranquilidade e atenção nos primeiros minutos. É um clássico decidido no detalhe, e se você desligar, acaba sendo surpreendido", colocou. "Respeitamos o adversário, mas em casa e com o apoio do torcedor, temos que nos impor. E a imposição tem que ser grande."

Assim como no ano passado, Uillian precisará "virar a chave": deixar de lado as comemorações do recente título do Nordestão e se preparar para encarar a final do Estadual. Ele, porém, traz as experiências passadas para lidar com a situação. "Futebol é assim. Eu tive a oportunidade, ano passado, de jogar duas finais em uma semana, pelo Ceará. E estou tendo agora a oportunidade pelo Santa Cruz, em mais uma semana. E o foco total agora é no Sport", disse.

De acordo com ele, por imposição do calendário, o título recém-conquistado sequer foi digerido. "Não deu nem tempo de comemorar. A nossa comemoração foi praticamente viajando", disse. Além do pouco tempo, o técnico Milton Mendes procurou evitar muita comemoração. Afinal, o objetivo do Pernambucano segue forte no grupo. "Milton tem trabalhado a gente para não entrarmos na zona de conforto após o título. Soubemos deixar isso de lado, o título já passou."

Se cansar, vai na raça
Não bastassem as decisões, o time batalha com uma sequência de jogos que impõe alto desgaste físico aos atletas. O volante, porém, minimiza o cansaço. "A maratona de jogos pesa um pouco, mas não podemos colocar isso como obstáculo em cima de um adversário que vamos enfrentar. É um clássico, em que se não der na qualidade técnica, tem que dar na vontade, na raça, na força. Isso é o que a gente tem demonstrado em todos os jogos", pontuou.