Santa Cruz

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Santa Cruz tenta levantar fundos para pagar salários e presidente se explica ao elenco

Para tirar clube do buraco, Alírio Moraes procurou a Caixa Econômica Federal antes de dar explicações sobre as finanças a atletas como Grafite e Danny Morais

postado em 30/09/2016 15:56 / atualizado em 30/09/2016 19:19

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Atualizada às 18h22
Ricardo Fernandes/DP
O quadro financeiro do Santa Cruz é dramático. Investimentos como o da compra de Keno se tornaram impossíveis. A prioridade da diretoria é "arrumar a casa" e saldar despesas obrigatórias. Uma delas, com o elenco, que não recebe salários há três meses - fato que fez até o atacante Grafite expor o seu incômodo com a situação. Mas, sem dinheiro na conta, o clube não pode ainda pagar nem parte da dívida com os jogadores. Na tarde desta sexta-feira, o presidente Alírio Moraes se reuniu com líderes do grupo para explicar a gravidade da crise vivida pelo Tricolor.

Segundo informações apuradas pela reportagem do Superesportes, Alírio  procurou viabilizar verbas de patrocínio na Caixa Econômica Federal ainda nesta tarde para tirar um pouco o Santa do sufoco. Vem tentando levantar fundos também em outras frentes: por meio de parcerias com empresários e empenhando até bens próprios. Não só para pagar os atletas, mas ainda os funcionários. Muitos deles chegam a quatro meses de atrasos.

Anteriormente, membros da gestão tinham prometido parte do dinheiro ao elenco nesta semana. Mas, impossibilitado de cumprir com o compromisso, Alírio Moraes se viu obrigado a marcar a reunião com o atacante Grafite e o zagueiro Danny Morais, líderes do time e encarregados pela discussão de pagamentos, a fim de elucidar o quadro dos cofres corais.

Em última entrevista ao Superesportes, na última quarta-feira, o presidente tricolor havia mostrado otimismo em pagar os jogadores só na próxima semana, quando o dinheiro da participação do clube na Copa Sul-Americana deve estar à disposição. Do R$ 1,1 milhão antes preso na Justiça, o Tricolor deve ficar com, no máximo, R$ 800 mil. A previsão é que a Conmebol pague o valor até a próxima quarta. Mas, após a reunião desta tarde, que se estendeu para o horário e teve a presença do restante do time, o mandatário preferiu não dar nenhum prazo.