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Paulo Paixão isenta preparação física do Sport por má fase: "Questão mais psicológica"

Experiente preparador de 64 anos também rasgou elogios à estrutura do clube "de dar inveja em grandes clubes do Brasil e do mundo"

postado em 06/10/2015 19:00 / atualizado em 06/10/2015 19:10

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Bicampeão do Mundo com a Seleção Brasileira (1994 e 2002), o preparador físico Paulo Paixão chegou junto ao técnico Falcão para compor a comissão técnica do Sport, há pouco mais de duas semanas. Tempo suficiente para conhecer bem a estrutura rubro-negra (leia-se o Centro de Treinamento José de Andrade Médicis) e o grupo que tem em mãos.

Pela primeira vez em contato com a imprensa pernambucana, Paixão rasgou elogios ao Sport, segundo ele "com estrutura de dar inveja em grandes do Brasil e do mundo". Questionado sobre a queda de rendimento da equipe justamente quando o grupo enfrentou uma maratona de jogos às quartas-feiras e domingos, o preparador físico rechaçou qualquer possibilidade de tal feito ter se dado por questões físicas. Tratou o caso como "questão psicológica".

Na sua primeira semana de trabalho livre de jogos, Paixão comemorou o tempo para treinos específicos e, otimista, mirou o Leão com força de ainda buscar o G4 da Série A. Abaixo, os principais trechos da entrevista multicampeão profissional de 64 anos.

Chegada ao Sport

É um prazer estar em um grande clube, com estrutura de dar inveja em grandes do Brasil e do mundo. Se me permite dizer, a gente pode falar até em função de ter corrido praticamente o mundo inteiro e visto centros de treinamentos diversos... Observando a estrutura de trabalho, estou muito feliz em poder estar aqui trabalhando no Sport Club do Recife. Surpresa não foi. Foi até muito mais agradável do que as pessoas disseram.

Semana livre

Esse período é um período onde a gente busca aperfeiçoar. Encontrei a equipe sem lesões graves, sem nada. O pessoal correndo, apenas com um trauma de não ter conquistado os objetivos de vitória e isso traumatiza. Mas encontrei a equipe muito bem. E vamos buscar nesse período fazer uma reconstrução muscular, já que há muito tempo se pôde fazer isso em função de muitas viagens, jogos com intervalos muito curtos. Vamos buscar fazer esses trabalhos, não só como hoje, mas fazendo um trabalho para que a gente possa suportar os nove jogos que faltam da nossa equipe e, quem sabe, fazer uma chegada boa e que se possa alcançar o objetivo, que é o G4.

Fôlego x mau momento

Não podemos, eu como profissional, declarar uma coisa dessas (que o time caiu em razão da preparação física). O que aconteceu foi o que aconteceu com outras equipes. O Flamengo, por exemplo, ganhou três jogos seguidos, depois perdeu quatro. O Grêmio estava bem e passou por um momento de não vencer três jogos. Essas coisas podem acontecer. Mas não podemos pôr uma culpa em determinado departamento. Atleta é um ser humano, se não vem o resultado, em qualquer segmento vem essa queda, que muito mais psicológica do que física.