Sport

SPORT

Após 10 anos fora do Brasil, Paulo Henrique vê no Sport chance de ser conhecido no país

Atacante ficará no Leão por um período de testes de seis meses e caso aprovado poderá renovar por mais um ano e meio

postado em 21/01/2017 15:00 / atualizado em 21/01/2017 17:24

Julio Jacobina/DP
Nascido em João Pessoa, o atacante Paulo Henrique é desconhecido da maioria dos torcedores. Não é para menos. Afinal, o jogador, formado nas categorias de base do Atlético-MG, passou as dez últimas temporadas atuando fora do Brasil. Por isso, aos 27 anos, o avançado enxerga no Sport a chance de fazer seu nome no cenário brasileiro. No entanto, não terá tempo a perder. O contrato dele com o Rubro-negro será de apenas seis meses, com opção de renovação por mais um ano e meio. Período de teste que o atleta pretende aproveitar da melhor maneira possível.

Após boas passagens pelo Heerenveen, da Holanda (onde ficou por três temporadas), Westerlo, da Bélgica (22 gols em 39 jogos) e Trabzonspor, da Túrquia, com oito gols em 13 partidas pela Liga Europa 2013/2014, Paulo Henrique se transferiu para o futebol chinês onde não conseguiu se adaptar e teve duas sérias lesões no tornozelo direito. No ano passado, se transferiu para o Estoril, de Portugal, onde fez apenas três partidas, sem balançar as redes. Assim, além de ser uma porta de retorno para o Brasil, o Sport também é uma espécie de recomeço.

"Eu fui para o Estoril apenas para treinar e recuperar a forma física. Só joguei essas partidas lá porque todos os atacantes haviam se machucado. Na China, cheguei na metade da temporada (13 jogos e seis gols) e na seguinte comecei como titular, com três gols na estreia. Mas acabei sofrendo uma microfratura no tornozelo. Fiquei dois meses parado. Quando recuperei, levei outra pancada no mesmo tornozelo. Dessa vez, foram mais três meses de fora", explicou ele, que precisou abrir mão dos seis últimos meses de contrato com o Liaoning Whowin para acertar com o Sport.

O clube chinês, no entanto, segue pagando a maior parte do salário do atleta, com o Leão arcando apenas com as despesas básicas do jogador, como aluguel do apartamento, entre outras. "Poder estar aqui no Sport, perto da minha família, e fazer uma história aqui no Brasil, me motiva. Não sou reconhecido aqui e agora estou tendo a oportunidade de mostrar meu trabalho. Já passei dez anos fora e conquistei o que eu tentava. Jogar Champions League (pelo Trabzonspor), fazer gols, ser artilheiro, campeão na Holanda. Mas depois desse tempo todo eu queria retornar ao Brasil. E quando apareceu essa oportunidade de seis meses no Sport, já falei para ter a opção de renovar porque eu tenho certeza que irei bem. Podem ter certeza que eu vou fazer muitos gols", prometeu.

Número da sorte

Além de confiar no seu futebol, Paulo Henrique também aposta em outro fator para dar certo no Sport. Assim que chegou ao clube, pediu para utilizar o número 12, que no ano passado foi usado pelo goleiro reserva Agenor. Segundo o atacante, por dar sorte. Ao ponto de ter o número tatuado no corpo.

"Cheguei ao Heerenveen para substituir o Afonso Alves (ex-atacante da Seleção Brasileira), que usava o número 12. E as pessoas falaram para manter o número por dar sorte. E deu. Passei a adotá-lo e por onde passei fui artilheiro com ele. O bom é porque não tem briga pela camisa nove", brincou Paulo Henrique. No Sport, a nove será utilizada pelo também atacante contratado Leandro Pereira.