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PE2017

Salgueiro recorre da decisão de veto de instrumentos na decisão do Pernambucano

Desembargador havia atendido a requerimento do Sport no início do mês e proibido cornetas e buzinas na final no estádio Cornélio de Barros

postado em 23/06/2017 15:16 / atualizado em 23/06/2017 15:17

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Com o sem buzina na decisão do Estadual 2017? O assunto já virou novela. Mais um capítulo do imbróglio foi escrito. O Salgueiro decidiu recorrer da decisão do desembargador José Fernandes de Lemos, que havia atendido ao requerimento do Sport e proibido em caráter liminar as buzinas e cornetas no estádio Cornélio de Barros para a final do Campeonato Pernambucano, marcada para a próxima quarta-feira. A informação foi confirmada pelo presidente de honra do clube sertanejo, Clebel Cordeiro.

As alegações do Sport para a proibição dos intrumentos vão além do prejuízo na comunicação entre o técnico e os atletas. O clube leonino julga que eles comprometem também a segurança no ambiente. O próprio treinador Vanderlei Luxemburgo já se mostrou contra à entrada dos objetivos no estádio e até alfinetou o torcedor Tarcísio da Buzina, conhecido por incomodar os técnicos adversários com o barulho.

"Ele vai na nítida intenção de inibir o profissional de trabalhar. Se fosse vuvuzela (instrumento usado pela torcida na Copa da África do Sul, em 2010), seria uma coisa. Mas ali, é do teu ladinho. Já esteve lá, é desconfortável. Mas é um problema da Justiça. Se o cara estiver lá, eu vou brincar com ele, vou pedir para ele enfiar a corneta em algum lugar, mas tudo bem", comentou, com doses de bom-humor. Por sua vez, o Salgueiro, que já tinha sinalizado que iria recorrer, entende que a restrição fere o direito do torcedor. "Cadê o direito de ir e vir? O Estatuto do Torcedor está sendo ferido", se queixou Clebel.

Além do veto dos instrumentos, o desembargador da 5ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), ainda no último dia 6, também previu ao Carcará uma pena de multa diária de R$ 10 mil a R$ 100 mil em caso de descumprimento da decisão.