Basquete

MUNDIAL DE BASQUETE

O caminho do basquete do Brasil até Madri

Seleção começa neste sábado a tentativa de esquecer última derrota no torneio

postado em 30/08/2014 09:00 / atualizado em 29/08/2014 21:50

Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco

Gary Dineen/NBAE via Getty Images/AFP
A última imagem da Seleção Brasileira de Basquete em Mundiais é dolorosa. A derrota para a Argentina no Mundial da Turquia em 2010, justamente em um 7 de setembro, ainda está fresca na memória. A ferida aberta na primeira competição de Rubén Magnano cresceu após novo fracasso diante de Ginóbili e companhia nas Olimpíadas de Londres.

Mas o objetivo nunca foi conquistar nenhuma destas competições. O sonho segue sendo a Olimpíada de 2016 e o Mundial que começa hoje na Espanha é mais uma etapa desta escalada mas chegar a Madri, sede da semifinal e final, não seria nada mal. E nem para se surpreender.

Após o nono lugar no último Mundial  e o quinto lugar em Londres, uma clara evolução foi vista após a administração de Magnano. Logicamente, é impossível esquecer da vergonhosa Copa América de 2013, mas isso é passado para o argentino. O técnico não traçou metas para sua equipe. neste Mundial, mas deixou claro que o objetivo inicial é avançar na complicada chave em que caiu.

França, Sérvia e Espanha (donos da casa) serão os principais adversários na buscar por uma vaga na fase final, que mais uma vez começará no dia 7 de setembro. Depois disso o que vier é lucro. “Temos que ter como meta é a classificação na primeira fase e buscar uma vitória no primeiro cruzamento, isso dará um pulo de ânimo em todos da equipe e pode crescer muito nas demais partidas”, falou o tecnico em entrevista ao Superesportes.

A confiança que Magnano tanto quer está baseada no que ele tem em mãos. Com basicamente o mesmo grupo que jogou o último Mundial e as Olimpíadas, o treinador levará uma equipe experiente e com capacidade para surpreender. A maior média de idade da competição não parece ser encarada como um grande problema, mas sim como uma vantagem.

Um estreante incomum
Entre os 12 jogadores que Magnano está levando para o Mundial da Espanha apenas três farão sua estreia na competição. A primeira aparição de Larry Taylor e Rafael Hettsheimer com a camisa do Brasil é normal, mas o terceiro atleta que fará sua primeira partida no Mundial é que surpreende. Após 13 anos representando o Brasil, Nenê finalmente terá a oportunidade de estar na Copa do Mundo.

“Já tive algumas chances de jogar um Mundial, mas fui cortado por lesão como ocorreu há quatro anos antes do Campeonato da Turquia. Hoje estou aqui bem de cabeça e de saúde para ajudar meus companheiros a buscar um grande resultado na Espanha. Queremos o título, mas sabemos que para isso acontecer tudo tem que ocorrer direitinho em cada segmento da equipe.”, afirmou o jogador.

Após anos de NBA, mas sem nunca ter participado desta competição, Nenê sonha alto. O pivô acredita que essa geração possa deixar sua marca como Oscar, Amaury e Waldemar. Principalmente, por conta da motivação que contagia o grupo. “Todos querem dar o melhor de cada um nesse campeonato. Volto a falar: “o céu é o nosso limite” e vamos lutar para brigar por uma medalha, se possível de ouro.”