Final da Copa vai contar com o maior esquema de segurança da história do futebol brasileiro

Cassio Zirpoli
Enviado especial

Rio de Janeiro - A final da Copa do Mundo de 2014 é o jogo com o maior efetivo de segurança na história do futebol brasileiro. É até difícil mensurar a marca pois nenhuma partida jamais chegou nem a 1/3 da quantidade divulgada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nesta sexta, após uma reunião entre autoridades nacionais e a Fifa, visando o último jogo do Mundial, agendado para o Maracanã. Serão nada menos que 26 mil pessoas envolvidas.

O esquema leva em conta o estádio, os bairros vizinhos e até fan fest em Copacabana, envolvendo profissionais de vários segmentos, como polícia militar (com dez mil convocados), polícia civil, força nacional, forças armadas, guardas municipais, corpo de bombeiros, stewards e outros batalhões da PM, com Cavalaria e Choque. Nos primeiros jogos no Maracanã no torneio, o número foi de cerca de quatro mil pessoas na segurança. Sem querer se alongar no assunto, Saint Clair Milesi, representante do Comitê Organizador Local (COL), justificou da seguinte forma.

"Esse número é adequado com o tamanho da partida. Não estamos falando só de um jogo, mas de um evento, de uma final de Copa do Mundo", afirmou em entrevista ao Superesportes, após o balanço diário da Fifa, no próprio palco da final.

O número tão elevado tem o objetivo claríssimo de evitar qualquer "mancha", uma vez que o duelo entre Alemanha e Argentina será visto in loco por até 15 chefes de estado, incluindo a presidente Dilma Rousseff, que entregará a Taça Fifa ao capitão campeão do 20º Mundial, numa disputa entre Philipp Lahm e Lionel Messi. Pela televisão, o jogo deve ser visto por mais de 700 milhões de pessoas. Todos os olhos estarão mesmo no Maraca.

Nas arquibancadas, o público estimado pela Fifa é de 74.200 espectadores. Serão 13 mil alemães e 13 mil argentinos, com cada torcida atrás de uma barra - seguindo o programa de venda de ingressos da entidade. Para evitar aglomerações próximas aos portões, o entorno do Maracanã será fechado para o público 24 horas antes do início da decisão. É o maior período adotado pela prefeitura entre os sete jogos no Mário Filho.

Em vez do perímetro iniciado oito horas antes, na manhã da partida em questão, as ruas serão fechadas ainda no sábado, já com cinco mil policiais em ação. A Avenida Maracanã deve passar a ter acesso restrito, enquanto a Rua Eurico Rabelo, transversal - e utilizada para a entrada do centro de imprensa - deve ser completamente bloqueada. Moradores da área só terão acesso ao mostrar a carteira de identidade e um comprovante de residência (conta de luz, por exemplo). Tudo pela imagem do Mundial, do país até.

Principais módulos do efetivo
Ministério da Defesa - 9.300 
Polícia Militar - 4.984
Bombeiros - 1.750
Guarda Municipal - 1.032
Stewards - 1.600
Polícia Federal - 1.000 
Força Nacional - 800
Polícia Rodoviária Federal - 800
Polícia Civil - 505