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TÊNIS DE MESA

A felicidade de Henrique é jogar, jogar e jogar

A deficiência nos braços nunca foi obstáculo para o garoto praticar o esportes

postado em 21/12/2014 09:02 / atualizado em 20/12/2014 21:36

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Guilherme Verissimo/Esp DP/DA Press
A alegria e o entusiasmo de Henrique Silva, 19 anos, são contagiantes. O olho dele brilha quando fala sobre aquilo que mais gosta de fazer: jogar tênis de mesa. A atrofia que torna os seus dois braços mais curtos que o normal nunca foi problema. Não influi no modo de pegar na raquete e muito menos na sua habilidade.

Na verdade, a deficiência física foi problema apenas uma vez. Em 2013, Henrique vibrou ao ser convocado para a disputa de uma competição em Buenos Aires, na Argentina. Iria representar a seleção brasileira de jovens. A organização vetou a participação dele, avaliando que ele se tratava de um jogador “normal”.


Henrique sonha com a chance de voltar um dia à seleção. Ano passado, foi convocado graças à sua atuação nas Paralimpíadas Escolares, quando foi vice-campeão. Esse ano, com 19 anos, já não pôde disputar a competição, que reúne atletas até 18. Sem dinheiro, não participou muitos campeonatos recentemente. A situação mudou no fim deste ano, quando ele, enfim, conseguiu ser inscrito para receber a bolsa atleta federal. Um alento, mas que logo acabará. Sem título nacional em 2014, vai ter que buscar, em 2015, um resultado que volte a elegê-lo para receber a ajuda financeira.


Isso só aumenta o estímulo de Henrique. Atualmente, ele treina no Sport. Prefere a Ilha do Retiro por ser perto de casa – ele mora no Bongi. Mas pelo menos uma vez por semana pode treina com Deivson Nascimento, em Olinda. Empolgado, chegou a fizer que treinava todos os dias. A reportagem questionou. “Todos os dias mesmo?!”. Ele recuou. Diminuiu a empolgação e admitiu. “Só não na quinta, que é dia de igreja. E domingo, que não tem treino. Domingo é dia de descansar.”

Atletismo

Henrique deixa escapar que já quis fazer atletismo. Chegou a ir ao Santos Dumont olhar alguns colegas treinarem. Mas é difícil superar a paixão pelo tênis de mesa. “Já conheci outros esportes, mas só quero tênis de mesa”, diz, convicto. Ir mais longe e se tornar um atleta é um sonho. Possível. Com tamanha convicção e dedicação, é difícil duvidar. “Nunca tive medo de jogar. Só queria uma chance. (Ser um atleta) é um sonho. Não sei o que estaria fazendo hoje em dia se não fosse o tênis de mesa.”

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