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Brasil briga, mas perde por um ponto da Croácia e está fora do Mundial de Handebol

Seleção fez bom jogo e chegou a ficar à frente do placar, mas cedeu vitória

postado em 25/01/2015 18:07

Ana Paula Santos /Diario de Pernambuco

AFP PHOTO / MARWAN NAAMANI
Foi o melhor jogo do Brasil neste 24º Campeonato Mundial de handebol masculino, que segue até o próximo dia 1, em Doha, no Catar. Infelizmente, a garra e vontade de vencer esbarrou em uma seleção forte, mas não imbatível. O Brasil perdeu da Croácia pelo placar de 26 a 25. Dolorido. Despedida triste, como no Mundial anterior, quando a seleção do Brasil caiu também nas oitavas de final, depois de perdeu para a Rússia por apenas um ponto de diferença. Um ponto faz toda diferença.

O Brasil teve um bom início de jogo diante da temida Croácia, que teve o apoio de sua torcida. A todo momento, a seleção brasileira tentava acertar a marcação. Mas quando isso acontecia, eles subiam da linha de nove metros e largavam um arremesso certeiro. Se ainda faltava segurar os grandalhões, no ataque, os brasileiros estavam fazendo seu papel. Com pouco mais de 12 minutos de jogo, o placar estampava 8 a 6, para eles. A pontaria do time brasileiro seguiu calibrada, apesar de dois arremessos desperdiçados por Tchê e Patrianova. Poderiam ter sido nestes lances os gols do empate e também da virada. Mas não demorou muito para o Brasil deixar tudo igual no placar, pela primeira vez desde o começo da partida.

Foi aos 20 minutos que os telões exibiram 10 a 10. E até os 25 minutos, foi lá e cá. A Croácia não teve a molezinha que, talvez, imaginasse. Jogão! A disposição e vibração estampadas nos rostos de todos os atletas verde e amarelo. O garoto João Pedro Silva tratou de aumentar o momento de alegria e escreveu no placar 13 a 12. E o goleiro Luiz Ricardo Nascimento deu sua cota. Defendeu três pênaltis seguidos. O banco foi à loucura. Seleção da Croácia atônita com o que o Brasil demonstrava em quadra. Final do primeiro, com vantagem do time azarão. Brasil 15 a 13 Croácia.

Segundo tempo começa e a Croácia chega rápido ao empate e vira o marcador: 17 a 15. Agora, era vez do time brasileiro se mostrar perplexo com a agilidade e correria dos croatas. O Brasil parecia assustado a vantagem que havia imposto ao medalhistas de bronze no Campeonato Europeu, de 2013. Passaram a errar até passes. Foram preciso sete minutos de bola rolando para a equipe marcar o primeiro gol nesta segunda etapa (18 a 16). Aos poucos, o ataque retornou aos bons momentos. Felipe Ribeiro diminuiu para o Brasil: 19 a 17.

Em maior número nas arquibancadas da Arena Ali Bin Hamad, a torcida da Croácia vaiava as ações do ataque brasileiro, que entrou definitivamente na partida. Estava apenas um ponto atrás do adversário. Coube ao experiente Zeba - participante de quatro mundiais - fazer o gol do empate: 20 a 20. É chegada a hora do Brasil tocar mais a bola (mexe bola, diria o treinador pernambucano Iran Alves), pois conseguiu reverter a vantagem (21 a 20). Faltando nove minutos para o final, jogo empatada novamente. Nervos à flor da pele. Contage regressiva para o final do jogo e tudo igual no placar ( 23 a 23).

A partir deste momento, o receio era que o time brasileiro se abatesse com os erros de ataque - como ocorreu nas partidas com Espanha e Eslovênia -, onde saíram de quadra derrotas por diferença mínima de gols. E, em parte, isso ocorreu. Já não havia mais tempo e o Brasil se despediu do Mundial por causa da diferença ínfima de um gol. Outra vez.