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MUNDIAL DE HANDEBOL

Islamismo tenta aliar a saúde à fé com esportes

Catar se prepara para a Copa do Mundo e espera receber outros eventos esportivos

postado em 31/01/2015 23:00 / atualizado em 31/01/2015 01:49

Pedro Galindo /Especial para o Diario

Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
“Um grande portão para a amizade”. De acordo com o Sheikh Mabrouk El-Sawy Said, orientador no Centro Islâmico do Recife, é assim que os muçulmanos enxergam o esporte. Fugindo da desinformação, dos clichês e dos preconceitos sobre a religião, ele comentou sobre como os povos islâmicos se relacionam e convivem com as diferentes práticas esportivas, principalmente em tempos em que o Catar sedia o Mundial de Handebol e se prepara para receber a Copa do Mundo de 2022.

Muito se fala sobre as restrições que o Islã impõe aos seus seguidores. Não é permitido o uso de drogas - incluindo cigarros e bebidas alcoólicas. Para as mulheres, então, a lista inclui ainda atividades consideradas inadequadas, como esportes de muita força física ou que deixem expostas “partes pudicas” do corpo feminino. Apesar disso, o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, cita explicitamente a prática de alguns esportes como necessários para a formação das crianças.

“Ensine seus filhos a nadar, a atirar e a montar. O esporte dá físico, saúde. E quando o físico está bem, a cabeça está bem e pode fazer muitas coisas boas”, disse “seu” Said, como é conhecido o religioso. “O esporte é um grande portão para a amizade, a saúde e a irmandade. Mas o físico, sem a fé, não faz nada. A fé dentro do coração dá força para a alma, e quando a alma é forte, o corpo todo fica forte”, explicou.