Futebol Nacional

ARBITRAGEM

Assistente Fernanda Colombo é apresentada na FPF e afirma: "Não sou símbolo de nada"

Auxiliar quer iniciar nova fase na carreira e irá conciliar os estudos no Recife

postado em 03/11/2014 20:37 / atualizado em 03/11/2014 21:34

Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP/D.A Press
A entrada de Fernanda Colombo para o quadro de arbitragem da Federação de Pernambucana de Futebol (FPF) não é apenas uma estratégia de qualificação. Até nas palavras do presidente Evandro Carvalho estava claro que também era uma jogada de marketing. Das boas, por sinal. Com presença da maioria dos veículos de imprensa, a assistente foi apresentada nesta segunda-feira na sede da FPF e fez questão de afirmar que não desistirá da arbitragem tão cedo.

A polêmica na partida entre Cruzeiro e Atlético-MG, única que ela trabalhou na Série A em 2014, poderia ter acabado com a carreira da assistente. Porém, o impedimento inexistente não desmotivou Fernanda. “Eu insisto porque sou teimosa e não é por levantar bandeira alguma. Não sou símbolo de nada, nem quero ser e nem pretendo, mas se as pessoas acham que isso é uma bandeira contra o machismo, tudo bem”, falou Fernanda.

Sem muito conhecimento sobre o futebol pernambucano, Fernanda esteve presente na estreia do Náutico da Série A, quando o Timbu empatou por 2 a 2 contra o Bragantino. A partida foi bem longe do Recife, mas Fernanda já sabe que a torcida, a imprensa e os dirigentes em Pernambuco são famosos pelas cobranças com erros de arbitragem. “Já conversei bastante com a comissão e quanto aos dirigentes já estou bem acostumada. O que vai me interessar é a opinião da minha comissão de arbitragem. O que interessa para mim é como eu vou me portar em campo”, minimizou a auxiliar.

Ao contrário do que se imaginava, Fernanda admite que sua beleza chama a atenção. Ao menos espera que isso não seja um problema, já que seu pensamento é em apenas trabalhar. Contudo, ela espera que os holofotes mostrem o outro lado da vida dos árbitros. “Eu acho que vim pra cá visando a arbitragem. Aqui é tratado até de maneira profissional. Meu foco é a arbitragem e quero me dedicar a isso. As pessoas têm que reconhecer o lado humano dos árbitros e tem que reconhecer a dificuldade do trabalho.”

Movida pelos estudos
A proposta da Federação Pernambucana foi o principal motivo para que Fernanda pudesse vir para o Recife, mas a assistente de 23 anos ainda está evoluindo na área acadêmica e uniu o útil ao agradável. Formada em educação física, a catarinense já planeja morar no Recife em breve para concluir a pós-graduação em reabilitação aplicada a recuperação cardícada em grupos especiais.  “Sai de Santa Catarina pois vou fazer minha pós-graduação e juntei isso ao futebol, já que acredito no profissionalismo que a federação trata a arbitragem aqui.”