Náutico

Vexame

Náutico é goleado pelo Fortaleza e praticamente dá adeus da Copa do Brasil

Fora de casa, Timbu foi goleado por 4 a 0 pelo Tricolor da Pici

postado em 12/04/2012 22:24 / atualizado em 12/04/2012 23:13

Rodolfo Bourbon /Diario de Pernambuco

JARBAS OLIVEIRA
 

O torcedor pernambucano está envergonhado. Cabisbaixo, sem forças e motivos para chacotear o rival, o principal combustível do futebol local. Há algumas semanas, o Santa Cruz se despediu da Copa do Brasil com uma derrota em casa contra o modesto Penarol. Quarta-feira, também diante do próprio público, o Sport foi goleado pelo Paysandu. Ontem, foi a vez do Náutico fazer feio. A derrota de 4 a 0 no jogo de ida contra o Fortaleza praticamente eliminou as chances de o Timbu avançar às oitavas de final da Copa do Brasil.

O time cearense mostrou o poder como mandante desde os primeiros minutos. Aos 5, Marielson forçou Gideão a virar elástico para defender uma bomba de fora da área. Não deu nem tempo para a torcida lamentar a chance desperdiçada. Dez minutos depois, Rafinha abriu o placar. O lateral direito recebeu passe dentro da área, desequilibrou-se ao pisar sobre a bola e, nem assim, a defesa timbu, munida de três zagueiros e dois volantes, encostou. Com um toque de habilidade, encobriu Gideão: 1 a 0.

O juiz apitou o recomeço da partida e, quem piscou o olho, perdeu o segundo gol do Fortaleza. Em nova bobeira de marcação do Náutico, Cléo acertou a trave, Jailson aproveitou o rebote: 2 a 0. Estava fácil.

O Timbu só acordou perto dos 30 minutos. Aos 29, Dorielton deu o primeiro chute com perigo, para a defesa com os pés de João Carlos. Instantes depois, foi a vez de Siloé assustar a meta do Tricolor. Próximo ao fim da primeira etapa, um lance polêmico. Os alvirrubros reclamaram duplamente da arbitragem. O juiz Elmo Resende não viu intenção do zagueiro Cléber Carioca em cortar o chute de Dorielton com o braço. Em seguida, o Náutico marcou o gol, mas o auxiliar assinalou impedimento.

Segundo tempo
Os comandados do técnico Levi Gomes voltaram mais acesos para o segundo tempo, mas sem muita lucidez ofensiva. Não demorou muito para tudo voltar ao normal, ou seja, o Timbu cair de produção e virar presa para o Leão da Pici. Aos 23 minutos, o começo da humilhação. Eduardo Ramos vacilou, Jailson avançou e só parou dentro da área, empurrado por Jefferson. Pênalti convertido com tranquilidade pelo ex-alvirrubro Geraldo: 3 a 0.

Cabiam muitos outros gols do Tricolor. Não fosse Gideão, o placar seria ainda mais vexatório. Coube “só” mais um. Aos 30, Cléo aproveitou a falha grotesca do zagueiro Marlon e ampliou: 4 a 0.

O segundo confronto, nos Aflitos, está marcado para a próxima quarta-feira. Mas muitos alvirrubros já se questionam: precisa de jogo de volta?

Ficha técnica

Fortaleza
João Carlos; Rafinha, Cléber Carioca, Ciro Sena e Kauê; Jefferson (Lucas), Esley (Gilmak), Mariélson e Geraldo (Bismarck); Cléo e Jaílson. Técnico: Nedo Xavier

Náutico
Gideão; Marlon, Diego Bispo e Ronaldo Alves; Marquinho, Derley, Elicarlos, Eduardo Ramos (Lenon) e Jefferson (Philip); Doriélton e Siloé (Rodrigo Tiuí). Técnico: Levi Gomes

Local: Estádio Presidente Vargas (Fortaleza). Árbitro: Elmo Alves Resende (GO). Assistentes: Jesmar Benedito Miranda (GO) e Izac Márcio da Silva (RN). Gols: Rafinha, Jailson, Geraldo e Cléo (F). Cartões amarelos: Esley, Rafinha, Ciro Sena, Cléber Carioca, Lucas (F); Derley, Siloé, Dorielton, Jefferson (N)