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Três meses após jogo adiado, Náutico recebe Vasco pela Série B em momento tumultuado

Crise ganhou corpo nos bastidores do clube desde a data original da partida

postado em 11/08/2014 15:00 / atualizado em 11/08/2014 14:54

Pedro Galindo /Especial para o Diario

Paulo Paiva/DP/D.A.Press
A greve da Polícia Militar, que eclodiu no início do mês de maio, deu ensejo a um clima de caos urbano na capital pernambucana. Saques e arrastões em vários pontos da cidade deixaram a população em pânico, e dentro desse contexto, a Federação Pernambucana optou por adiar as partidas dos clubes do estado nas Séries A e B do Brasileirão. Para o Sport, que venceu o Bahia no jogo remarcado, o imprevisto não fez tanta diferença. Mas no Náutico, que enfrenta o Vasco nesta terça-feira, quase três meses depois da data original, muita coisa mudou.

A começar pelo treinador. Àquela época, Lisca ainda estava no comando alvirrubro, e vinha conseguindo um desempenho satisfatório, diante de todas as limitações de seu elenco. Após um improvável vice-campeonato pernambucano, o clube tinha conquistado cinco pontos nas quatro primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, e ocupava uma relativamente confortável 8ª posição na tabela.

Em campo, o time ainda contava com Zé Mário, principal articulador do meio-campo timbu, cuja lacuna ainda não foi satisfatoriamente preenchida. E nos bastidores do clube, Lúcio Surubim ainda fazia o papel de elo entre diretoria, elenco e comissão técnica, antes de ser desligado e dar lugar a Carlos Kila.

Às vésperas do encontro com o Vasco da Gama, a situação do Náutico é completamente distinta. Se em maio já havia relatos de crises internas e conflitos entre Lisca e alguns atletas, em agosto o clima parece praticamente insustentável. Após perder o clássico contra o Santa Cruz, o então técnico Sidney Moraes resolveu afastar o volante Elicarlos, fazendo crescer entre os diretores a insatisfação em relação ao seu trabalho. Essa parece ter sido a gota d’água de um processo que culminou na demissão do segundo treinador alvirrubro na temporada.


Promessa de poucos torcedores

Outro fator que deverá fazer uma diferença substancial contra o Timbu é a circunstância em que a partida será disputada. Originalmente, o jogo aconteceria na Arena Pernambuco, em uma tarde de sábado. Mas graças à remarcação, o Náutico terá que receber o Vasco às 21h de uma terça-feira.