Números apontam que Náutico e Santa Cruz precisam de 75% de aproveitamento para subir

Restando pouco mais de um terço para o fim da Série B, apenas o imponderável alimenta o sonho de Náutico e Santa Cruz de retornar à elite do futebol nacional. Tomando como base uma margem de segurança de pontuação, levando-se em conta todas as vezes em que a competição foi realizada no sistema de pontos corridos (desde 2006), alvirrubros e tricolores precisam de um aproveitamento superior ao do Cruzeiro, líder na Série A, para alcançar o acesso. O lado positivo é que a fuga de um indesejado rebaixamento é uma missão bem mais palpável para ambos.

Como “margem de segurança”, a reportagem adotou o critério de usar uma pontuação que quase sempre significou acesso ou permanência. Dessa forma, os números “mágicos” adotados foram os de 65 pontos, na parte de cima da tabela, e 46, na de baixo. A exceção à regra foi a edição de 2012, quando o São Caetano, mesmo somando 71 pontos, não conseguiu a classificação à Primeira Divisão. Nesse ano, a distância da equipe paulista, na 5ª colocação, para o Joinville, 6º, foi de incríveis 11 pontos. Abismo que dificilmente se repetirá. Hoje, o Ceará, primeiro time fora do G4, está a quatro pontos do Vasco, que abre a faixa de acesso.

O que precisam?
Diante disso, com os atuais 38 pontos, o Náutico precisaria de mais 27 dos 36 possíveis para voltar à Série A, um rendimento de 75%. O Cruzeiro, com seis pontos de folga na liderança da 1ª Divisão, tem um aproveitamento de 70,7%. Ja a Ponte, que encabeça a Série B com 49 pontos, vem tendo um rendimento de 62,8%. Vale lembrar que contra os times que estão hoje no G4, o Timbu perdeu todos os seus confrontos (duas vezes para Joinville e Vasco, e uma frente Avaí e Ponte Preta).

Já para espantar o risco de queda (que chegou a rondar os Aflitos), o Náutico precisaria apenas de mais 10 pontos, já que nunca uma equipe foi rebaixada com 48. Atrás do Náutico na classificação, o Santa, mesmo com um jogo a menos, precisaria de quase 80% de aproveitamento para obter o acesso. Missão quase impossível. Já para se manter na Série B, o rendimento é de 35,8%. Nada de outro mundo. Um curiosidade, o tricolor nunca esteve próximo ao G4. Sua melhor colocação foi o 7º lugar, na 1ª rodada. Do outro lado, figurou três vezes no Z4, em 17º lugar (na 4ª, na 5º e na 7ª rodadas).