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Dado fala sobre interferência do extracampo no desempenho do Náutico na Série B

Mesmo com problemas, treinador garante que não faltará compromisso

postado em 16/10/2014 19:50 / atualizado em 16/10/2014 20:16

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

Allan Torres/DP/D.A Press
Em dois meses, Dado Cavalcanti conseguiu mudar o cenário do Náutico na Série B. Restando nove rodadas para o fim da Série B, o Timbu já não se preocupa mais com o rebaixamento e segue sonhando com o acesso. O clima, porém, está longe de ser de tranquilidade. Mas, apesar de reconhecer o impacto dos problemas extracampo na condução do time, o treinador garante que não faltará empenho na busca pelo retorno à Série A.

Dado reconheceu que as questões externas atrapalham a condução de seu trabalho. “A preocupação é natural. Talvez, a forma de intervenção e o desgaste que se tem acaba consumindo muito. Uma situação que poderia ser administrada por outras pessoas. Mas é algo que faz parte do nosso cotidiano. Não podemos apenas relatar fatos e descrever erros. Cabe a nós, treinadores, intervir dentro dos erros e fazer o melhor dentro de cada situação. É isso que tenho feito aqui no Náutico. Sempre vou procurar o melhor para o clube”, destacou.

O técnico foi adiante e ressaltou que, de maneira geral, o treinador precisa acumular funções que vão além de suas atribuições originais. “Infelizmente, somos mais gestores de grupos e pessoas do que treinadores mesmo. É muito fácil detectar e corrigir erros de estratégia. No dia a dia, o trabalho efetivo do treinador acaba direcionado para outras questões. Eu tenho muito prazer em dar treinamento. Meu treinamento é pensado para atender a um cronograma, mas eu sempre preciso recorrer aos planos B, C… Não é algo que dá pra fechar os olhos e deixar as coisas acontecerem. A gente sabe que dentro de campo, quem resolve são os jogadores. Temos que dar tranquilidade para que eles possam fazer o melhor.”

Perguntado sobre a baixa média de público na Arena Pernambuco, o técnico foi taxativo: “Sendo bem sincero, não posso me preocupar com isso. Já tenho tanta coisa pra fazer… Vou continuar fazendo o meu, da melhor forma possível, com profissionalismo, com o coração aberto. Acreditando e confiando. Aqui dentro, todos estão acreditando no acesso. Não é fazendo apelo para ninguém do lado de fora que vamos nos fortalecer. A gente se fortalece de dentro pra fora. O resto é consequência. Vamos fazer o nosso independentemente do reconhecimento.”