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Afastamento de gestor e repasse de verbas do CT: conselho do Náutico se posiciona

Alvirrubros explicam pontos em desacordo com diretoria executiva do clube

postado em 03/08/2015 19:57 / atualizado em 06/08/2015 08:44

Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco

Divulgação/Conselho Deliberativo do Náutico
O ambiente político do Náutico ganhou um novo e polêmico capítulo. Através de nota oficial, o clube criticou a decisão do conselho deliberativo de afastar o superintendente do Centro de Treinamento Wilson Campos, Daniel Hazin, por cinco meses. Na nota, lançada na última quinta-feira, afirmou se tratar de uma manobra política e que tem a intenção de prejudicar a atual gestão. Fato que o conselho nega.

Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, na sede do clube, membros do conselho deliberativo alvirrubro explicaram que a decisão foi tomada após quatro meses de debates e discussões internas sobre o modo que o CT Wilson Campos vinha sendo gerido. Em vistoria realizada após denúncias de conselheiros, uma comissão foi formada para verificar como estava a real situação do local.

Através de fotos, as condições consideradas desfavoráveis foram apresentadas em relação à uma visita realizada em abril. Segundo os conselheiros, os campos não recebem a manutenção devida, além de vestiários e o hotel do clube. Como, após quatro meses, o superintendente Daniel Hazin não apresentou as melhorias solicitadas, o conselho decidiu afastá-lo até o fim desta gestão.

A atitude incomodou a presidência executiva. A gestão afirma que Hazin não havia ferido nenhum estatuto do clube e que não poderia ser punido. Contudo, o conselho afirma que a decisão teve resguardo do próprio estatuto em um dos seus artigos.

Conselho nega alteração no repasse
De acordo com a nota oficial do clube, ao invés de 50% do arrecadado pelos conselheiros, apenas 10% estavam sendo repassados para a manutenção do CT Wilson Campos. Ainda durante a coletiva, o conselho deliberativo afirmou que os recursos repassados ao CT não foram modificados e seguiram uma tabela.

A grande diferença é que, após a vistoria, a liberação da verba só aconteceria mediante comprovação da necessidade. Ainda de acordo com o conselho, a intenção era tratar disso internamente, mas, com a divulgação da nota pelo clube, a coletiva teve que ser convocada. “Não tomamos a decisão pública. Negociamos por quatro meses e até sugerimos o deslocamento de Hazin para o jurídico”, explicou o conselheiro Tulio Ponzi.

Além desta coletiva, o conselho se reúne nesta segunda-feira com um representante do clube para ser informado sobre a antecipação de cotas televisivas do clube referentes ao ano de 2016. Segundo a assessoria de imprensa, o representante do executivo é o vice-presidente Gustavo Ventura. A assessoria de imprensa do Náutico ainda ficou de informar a posição oficial da direção executiva sobre as justificativas do conselho deliberativo.