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Conselho Deliberativo do Náutico aprova novo projeto de estatuto que modifica regra para eleição

Mesmo caso seja aprovado, novo estatuto ainda não vale para eleições deste ano

postado em 08/10/2015 12:29 / atualizado em 09/10/2015 09:45

Caio Wallerstein /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/DA Press
Em reunão extraordinária, realizada nesta quarta-feira (7), o Conselho Deliberativo do Náutico aprovou o projeto para um novo estatuto do clube. A principal mudança do regulamento diz respeito à eleição para presidente do executivo. Em vez da pluralidade de chapas na eleição, apenas duas chapas poderão ser votadas pelos sócios. Antes disso, terão que passar pelo aval do Conselho Deliberativo do clube, que irá receber todas as candidaturas e votar as duas que irão para as eleições. Mesmo que sejam aprovadas, porém, as mudanças só valem para as eleições do biênio 2018/19; o pleito do final deste ano segue com as mesmas regras de antes, com a pluralidade de chapas.

Além disso, o novo estatuto também modifica os pré-requisitos para candidatura ao cargo de presidente. "Agora, o candidato precisa ter pelo menos seis anos de clube, sendo pelo menos dois como conselheiro ou com algum cargo diretivo", complementou o presidente do Conselho, Berillo Júnior. As exigências anteriores eram ser sócio há dois anos, adimplente há um ano e com a ficha limpa.

Perguntado sobre se as novas exigências não lesariam o processo democrático no clube, Berillo foi taxativo: "Eu não vejo assim. A comissão do estatuto se espelhou nos estatutos dos 15 maiores clubes do Brasil e alguns dos maiores da Europa. Não é qualquer pessoa que pode se candidatar a presidente do Náutico. Inclusive porque o presidente chega a responder pelo clube com seus bens pessoais. Chegar à presidência sem ter exercido um cargo dentro do clube é algo que não concordo", disse, citando seu próprio exemplo. "Quando eu fui presidente, já tinha 17 anos de clube. Já havia sido conselheiro, primeiro secretário do conselho, diretor do departamento jurídico e vice-presidente jurídico. Acho errado ser presidente sem conhecer bem o clube, ser apenas um visitante", finalizou.

O presidente do clube, Glauber Vasconcelos, bem como seu vice, não estiveram presentes na reunião. Apesar disso, Berillo garante que ambos estão cientes do processo. "A reunião do conselho é privativa aos conselheiros. Dirigente não participa, a menos que seja convocado." O projeto do estatuto ainda precisará ser submetido por uma Assembleia Geral com os sócios, que podem aprovar ou não a sua validação. Até as 20h de hoje, os sócios ou conselheiros que tiverem interesse podem propor emendas ao estatuto. A Comissão do Estatuto é composta pelos conselheiros Maurício Pina (relator), Túllio Ponzi, Newton Morais, Anibal Freitas e Marcos Freitas.

 

Fim do conselheiro avulso

A única medida do novo estatuto que vai valer para a próxima eleição caso ele seja aprovado diz respeito à eleição de conselheiros. O cargo de conselheiro avulso, aquele sem vinculação a chapa, será extinto. Segundo Berillo, o motivo é a falta de adesão. "O Conselho tem 300 vagas, sendo 155 eleitas pelo voto direito e o resto pelo. Você tinha 135 vagas pelo avulso, mas menos de 40 pessoas se candidatavaml. Bastava um voto para serem eleitos", justificou.