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Gallo diz que falta de tempo atrapalha evolução: "Só temos tempo para treinar bola parada"

Rotina de dois jogos por semana tem sobrecarregado os jogadores fisicamente

postado em 26/06/2016 14:10 / atualizado em 26/06/2016 14:17

Marcel Tito /Diario de Pernambuco

Nando Chiappetta/DP
Os efeitos de uma tabela com dois jogos na mesma semana são prejudiciais e são comuns a todas as equipes da Série B. Alexandre Gallo, técnico do Náutico, sabe disso. Por isso ao falar do calendário apertado, coloca a ressalva antes das queixas. Diz que está conversando com as equipes adversárias sobre o calendário cheio e que a reclamação é geral. Depois, destaca os principais danos da rotina exaustiva.

O primeiro deles é a falta de tempo para treinar e trabalhar a evolução do elenco. "Nós só temos tempo para treinar bola parada. É a única coisa que a gente está treinando. Está muito pesado", destacou Gallo. "Só tivemos a primeira semana de preparação. E vai continuar sendo corrido até julho (a partir da 16ª rodada, a frequência será de um jogo por semana). Então é recuperar para terça-feira", declarou o técnico.

O segundo efeito é o desgaste físico. "A fisiologia está escalando alguns atletas", disse Gallo, referindo-se aos vetos feito pelo departamento a alguns atletas pela falta de condições. Desgaste que gera lesões e causa a oscilação dos atletas na competição, problema observado por Alexandre Gallo na derrota para o Ceará. "Nós tivemos a maioria dos atletas abaixo do normal e isso vai acontecer. Tem uma hora que o acúmulo bate."

Hugo
A preocupação de Gallo com a questão física pode refletir em como ele vai utilizar o meia Hugo, principal reforço do time para a Série B. Na partida contra o Ceará, o técnico revelou que pretendia utilizá-lo como titular. Conversou com ele antes da partida e achou melhor guardá-lo para o segundo tempo.

Sobre a sua atuação na partida, reconheceu ainda que viu Hugo sentir a falta das condições ideais a partir dos 20 minutos, quando caiu de rendimento. Deixou nas entrelinhas, porém, que tem a intenção de escalá-lo como titula na terça-feira, contra a Luverdense. Pelo baixo rendimento de Caíque Valdívia e porque prefere utilizar Renan Oliveira no segundo tempo.