“Tivemos problemas no caminho, mas consegui superá-los. Entre uma regata e outra, cheguei a pensar que não conseguiria. Mas me propus a ir até o fim e volto para casa com a sensação de dever cumprido”, aponta Ana Paula. O vento forte da cidade do litoral norte alemão rasgou a vela do barco brasileiro no penúltimo dia de competições. O estrago foi consertado, mas a peça se rompeu novamente no último dia.
“Foi um campeonato disputadíssimo. Faltavam três regatas no último dia de competições e ela foi para a água com chance de ser campeã mundial. A Ana Paula sempre chegando no bloco da frente, terceira, quarta colocada. Então valeu a pena enfrentar as condições adversas, como a água gelada e o vento forte”, comenta Bruno Pohl, coordenador técnico da Federação Brasiliense de Vela Adaptada.
Ana Paula competiu na classe Hansa 303, a mesma em que o brasiliense Estevão Lopes velejou. Ele terminou a competição na 17ª colocação da classe masculina. Os dois foram os únicos atletas sul-americanos entre os mais de 80 competidores que disputaram as regatas em Kiel, na Alemanha, local conhecido como o Wimbledon da vela. O polonês Piotr Cichocki foi o vencedor na classe de Estavão. Christopher Symonds, da Austrália, ficou em segundo e o alemão Jes Kroker completou o pódio.
Os dois fazem parte do Projeto Vela para Todos, parceria entre a Federação Brasiliense de Vela Adaptada e o Cota Mil Iate Clube, sob a coordenação técnica de Bruno Pohl. Em 2016, Ana Paula Marques foi escolhida a melhor atleta paralímpica e destaque do ano na modalidade vela no Prêmio Brasília Esporte 2016, do Governo de Brasília.
Veja o vídeo da premiação de Ana Paula Marques na Alemanha:
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima