Vôlei

SUPERLIGA FEMININA

Brasília encara tabus em jogo decisivo pelas quartas de final da Superliga

Após a derrota em terras mineiras, a equipe comandada por Anderson tem que vencer o Praia Clube para continuar viva na competição

postado em 21/03/2017 12:17 / atualizado em 21/03/2017 12:28

Helio Montferre/Esp. CB/D.A Press

O Brasília Vôlei entra em quadra nesta terça-feira (21/3) para quebrar dois tabus na curta história que tem na Superliga Feminina. O primeiro é vencer uma partida de quartas de final na competição. O outro, derrotar o Praia Clube pela primeira vez em casa. O time mineiro é o rival a ser batido às 19h, no ginásio Sesi Taguatinga.

Nas quatro edições de Superliga que o Brasília Vôlei participou até aqui, foram sete jogos pela fase de quartas de final e nenhuma vitória. Para o técnico Anderson Rodrigues, o retrospecto negativo não influenciará no desempenho das jogadoras na partida de logo mais. “Não acredito que haja pressão nesse sentido. Temos totais condições de ganhar aqui e forçar o terceiro jogo”, disse o treinador.

Outro dado que joga contra o Brasília é o péssimo desempenho em casa contra as mineiras. Jamais o time da capital venceu o Praia Clube quando a partida foi em seus domínios. Na atual temporada, pela fase de classificação, vitória para a equipe de Uberlândia por 3 sets a 1 no Nilson Nelson.


Para seguir com o sonho da classificação inédita a uma semifinal de Superliga, a ponteira Amanda acredita que o Brasília Vôlei tem de entrar em quadra para “tirar o gosto amargo” da primeira partida da série. “Estamos trabalhando para apagar o que aconteceu no jogo de lá. Elas vão vir para fechar a série, mas não podemos deixar”, declarou a atleta, numa referência ao revés do primeiro confronto das quartas de final, em Uberlândia, no qual as brasilienses saíram derrotadas por 3 sets a 1, de virada.

Após a derrota em terras mineiras, a equipe comandada por Anderson tem que vencer para continuar viva na competição. A derrota significa a quarta eliminação seguida nas quartas de final, nas quatro vezes em que o grupo disputou a elite do voleibol nacional.

O ranking da polêmica

Oito campeãs olímpicas enviaram um documento à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), no último dia 16, contra o sistema de ranqueamento de atletas que será adotado a partir da próxima temporada. Pela nova regra, apenas nove jogadoras — as de pontuação máxima — serão ranqueadas e, com isso, terão restrições na escolha do clube, visto que cada time só pode ter duas atletas nível sete, o estágio que se enquadram as competidoras de maior destaque.

Thaisa, Dani Lins, Fabiana, Fernanda Garay, Jaqueline, Natália, Sheilla e Tandara são as campeãs olímpicas com pontuação sete e assinaram o documento contra o regulamento. Além delas, Gabi, do Rio de Janeiro, foi ranqueada no maior nível e também se manifestou contra a alteração das regras.

Até esta temporada, os times tinham um limite de 43 pontos para a composição dos elencos. No documento enviado à CBV, as atletas ressaltam que o ranking, que só existe no Brasil, foi criado “sob o pretexto de se criar equilíbrio na competição, porém, nunca houve equilíbrio. Basta verificar as poucas mudanças nos vencedores da Superliga nos últimos anos”.

*Estagiário sob a supervisão de Cida Barbosa