BRASILIENSE

O que muda no Brasiliense com a prisão de Luiz Estevão, seu patrocinador?

Preso desde sábado, Luiz Estevão deixa os bastidores do Brasiliense, que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro. Senador cassado enviou SMS a gerente do clube horas antes de ser preso. Na mensagem, pedia: nada muda no Jacaré

postado em 01/10/2014 08:00

Vítor de Moraes /Correio Braziliense

Monique Renne/CB/D.A Press

Enquanto o Brasiliense vencia o Remo, no último domingo, Luiz Estevão conhecia a prisão em São Paulo na qual está preso por falsificação de documento público. No primeiro treino do Jacaré depois da vitória no primeiro jogo das oitavas de final da Série D, no CT do Setor de Clubes, jogadores e comissão técnica refletiam sobre o futuro do clube. A pergunta não é explícita, mas o questionamento, sim: o que será do Brasiliense?

O patrocinador do time de Taguatinga, preso no último sábado pela Polícia Federal em Brasília, cumpre pena de três anos e seis meses e tenta a transferência para a capital. A relação diária do senador cassado com o clube é intensa. Os atletas e o técnico Marcos Soares dizem não sentir nenhuma mudança no âmbito esportivo. Mas, nos bastidores, os assessores de Luiz Estevão terão trabalho.

Ciente da prisão, o patrocinador do Brasiliense enviou uma mensagem de celular para o gerente de Futebol, Paulo Henrique Lorenzo, na manhã de sábado, dia da viagem do elenco para Belém (PA). No texto, desejou bom jogo e pediu ao gerente que repassasse um aviso aos jogadores: nada muda. O Brasiliense venceu o Remo por 2 x 1 e voltou com boas chances de avançar às quartas de final e seguir na briga por uma vaga na Série C. “Vamos procurar fazer coisas boas para que ele (Luiz Estevão) possa ter uma alegria”, prega o meia Zé Roberto, ex-Botafogo, Flamengo e Inter.

Fora de campo, a história muda. “Seu Luiz”, como todos o chamam, é quem manda no dinheiro. “Tudo passa por ele. Tudo. Se quisermos comprar este biscoito precisamos da aprovação e da liberação dele”, exemplifica Paulo Henrique, em conversa no cafezinho do CT. Enquanto o pedido para cumprir a pena em regime semiaberto em Brasília é analisado pela Justiça, o gerente de Futebol tenta saber quem será o representante do patrocinador. “Se ele estivesse no DF, seria mais fácil. Ainda não sabemos quem falará por ele. Talvez algum familiar”, arrisca. O advogado de Luiz Estevão, Marcelo Bessa, não quis falar sobre o assunto.

Leia reportagem completa na edição desta quarta-feira (1º/10) do Correio Braziliense