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Diante de cenário financeiro difícil do Cruzeiro, jogadores já veem manutenção da base como diferencial para 2018

Sem dinheiro em caixa, tendência é que clube não invista alto em contratações

postado em 17/11/2017 06:55 / atualizado em 17/11/2017 16:05

Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press
Apesar de ainda faltarem três rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro já está com a cabeça em 2018. Campeão da Copa do Brasil e com vaga assegurada na Libertadores, o clube pensa na montagem do elenco para a próxima temporada. No entanto, em função de problemas financeiros, a diretoria deverá ter dificuldades no mercado. 

A despeito disso, os jogadores celestes garantem confiar na capacidade do grupo atual para competir de igual para igual com as principais potências sul-americanas.

Sem dinheiro em caixa, o Cruzeiro ainda não quitou os salários de outubro. O presidente Gilvan de Pinho Tavares confirmou, também, que terá dificuldades para pagar o 13º vencimento, férias e possíveis rescisões de contratos de funcionários que não seguirão na Toca em 2018. Além dos débitos internos, o clube tem mais de R$ 50 milhões de dívida em ações na Fifa, o que pode dificultar ainda mais o investimento em contratações de peso para a disputa continental.

O zagueiro Leo, que está no Cruzeiro há sete anos, garante que confia no trabalho da diretoria no mercado. Independentemente de quem venha, ele vê condições de brigar pelo tri da Libertadores. "A diretoria está fazendo o trabalho dela, analisando os fatos de mercado para que a gente consiga chegar forte em 2018, apesar de termos uma base muito forte para que isso aconteça", afirmou.

Além da tendência de pouco investimento na janela de transferências, o técnico Mano Menezes ainda pode perder atletas que foram importantes na conquista da Copa do Brasil deste ano. O lateral-esquerdo Diogo Barbosa já acertou com o Palmeiras. Hudson, por sua vez, pertence ao São Paulo e está na Toca por empréstimo até dezembro. Para seguir com o volante, o clube mineiro terá de adquirir 50% dos direitos econômicos do atleta por 1,5 milhão de euros (R$ 5,7 milhões). O Cruzeiro tenta uma redução, mas a cúpula do Tricolor está irredutível.

Apesar dessas duas possíveis saídas, o meia Arrascaeta afirma que os jogadores confiam no atual elenco celeste. "A diretoria que tem que resolver tudo isso. Diogo Barbosa e Hudson são jogadores muito importantes para nós, mas ninguém tem porta fechada para sair ou para chegar ao time. Nós que estamos no clube temos que estar tranquilos, sabendo que temos jogadores de qualidade", disse.

A montagem do elenco do Cruzeiro para 2018 já é feita pela diretoria liderada por Wagner Pires de Sá, que assumirá a presidência do clube em 15 de dezembro e terá liderança efetiva a partir de janeiro. A cúpula celeste busca por nomes no mercado e negocia as permanências de atletas. As tratativas são comandadas por Itair Machado, vice-presidente de futebol, e Marcelo Djian, nomeado diretor de futebol.

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