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Campeão, finalistas e semifinalistas: Cruzeiro terá elenco cascudo na Libertadores 2018

Atletas acostumados a disputar torneio continental são trunfos do time celeste

postado em 14/12/2017 06:30 / atualizado em 21/02/2018 19:49

AFP

Sempre que um clube se classifica para a Copa Libertadores, vem à tona a teoria de que é preciso montar um elenco cascudo e experiente, com jogadores acostumados a duelos pegados e pressão de torcidas adversárias nos acanhados estádios do continente sul-americano. Se isso for fundamental para o sucesso de uma equipe, o Cruzeiro deu grande passo para uma boa campanha, pois 23 atletas do atual elenco já disputaram o torneio.

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Sem dúvidas, o jogador de maior destaque do grupo cruzeirense em Libertadores é o atacante Rafael Sobis. Ele foi bicampeão com a camisa do Internacional, em 2006 e 2010, e vice pelo Tigres-MEX, em 2015. Pelo Fluminense, em 2012, alcançou as quartas de final. Contando todas as participações na competição, Sobis marcou 11 gols em 44 jogos. A vivência nesse ambiente é um dos motivos que fazem o técnico Mano Menezes confiar em grande ano de 2018 do camisa 7, ainda que o Cruzeiro tenha tentado, sem sucesso, vendê-lo a clubes do exterior.

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Quem também já brilhou na Copa Libertadores é Thiago Neves, grande destaque celeste em 2017, com 17 gols e 14 assistências em 57 partidas. O meia não conquistou nenhum título continental, mas ficou bem perto em 2008, pelo Fluminense. Foram dele os três gols tricolores na decisão de nove anos atrás contra a LDU, no Maracanã. Contudo, o erro na disputa por pênaltis acabou ofuscando a atuação de gala do então camisa 10. O Flu, que venceu no tempo normal por 3 a 1 (foi derrotado no duelo de ida por 4 a 2), perdeu dos equatorianos nas penalidades pelo mesmo placar.

AFP PHOTO / Evaristo Sa

Tal como Thiago Neves, o goleiro Fábio e o volante Henrique jogaram final de Libertadores. E com a camisa do Cruzeiro. Os dois foram peças importantes na grande campanha de 2009. O meio-campista, inclusive, marcou o gol mais bonito da carreira num belo chute de longa distância, na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, no Morumbi, no jogo de volta das quartas de final. Fábio, por sua vez, foi o herói celeste ao fazer cinco defesas difíceis no empate sem gols com o Estudiantes, no primeiro embate da decisão, na Argentina. No jogo de volta, Henrique voltou a acertar um arremate de longe e colocou a Raposa perto da taça. Porém, os argentinos ganharam de virada no Mineirão por 2 a 1 e frustraram o sonho do tri estrelado. Enquanto o camisa 1 disputou 64 jogos de Libertadores pelo Cruzeiro, o volante contabilizou 63 aparições (considerando o período pelo Santos, em 2012).

O zagueiro Leo, no Cruzeiro desde 2010, esteve inscrito nas edições de 2011, 2014 e 2015. Mas seu grande momento em Libertadores foi em 2009, pelo Grêmio. Ele chegou à semifinal como titular da defesa ao lado de Réver, sendo eliminado justamente pela Raposa. Em 20 partidas no torneio sul-americano, Leo marcou três gols. Já o volante Hudson, que ainda discute a permanência na Toca II – a diretoria celeste tenta acertar com o São Paulo a compra de 50% dos direitos econômicos –, destacou-se em 2016 como recordista em desarmes na Libertadores, com 48 intervenções. O Tricolor paulista chegou à semifinal e foi eliminado pelo Atlético Nacional-COL, campeão daquela edição.

Estrangeiros

O Cruzeiro tem quatro jogadores estrangeiros no time que começará a temporada 2018: os argentinos Lucas Romero, Ariel Cabral e Alexis Messidoro e o uruguaio Giorgian De Arrascaeta. Todos eles têm participações em Libertadores nos respectivos currículos.

AFP PHOTO / Douglas MAGNO

Arrascaeta chegou às semifinais da Copa Libertadores em 2014, pelo Defensor. Foi justamente nessa ocasião que o camisa 10 chamou a atenção do Cruzeiro com dribles, assistências e gols. Em 2015, já adquirido pela Raposa, não repetiu o mesmo sucesso e fez apenas um gol em 10 jogos. O time celeste foi eliminado nas quartas de final pelo River Plate, que viria a ser campeão.

Marcos Brindicci

Os volantes Cabral e Romero jogaram a Libertadores pelo Vélez Sársfield. O primeiro, mais experiente - tem 30 anos -, participou das edições de 2007, 2010, 2012 e 2014. O segundo, de 23 anos, esteve na competição em 2013 e 2014.

Entre os gringos, Messidoro é o mais jovem: tem 20 anos. Mesmo sem tanta rodagem no futebol, ele jogou a Libertadores de 2017 pelo Sport Boys Warnes, da Bolívia (emprestado pelo Boca Juniors). Em seis apresentações, marcou dois gols. O clube boliviano caiu ainda na fase de grupos.

Treinador


JUAN MABROMATA/AFP

Apesar da vasta experiência em grandes clubes, Mano Menezes só disputou duas Libertadores na carreira. Na primeira oportunidade, levou o Grêmio à decisão, em 2007. Os números globais da campanha não foram bons – seis vitórias, um empate e sete derrotas, com 11 gols marcados e 15 sofridos –, mas o Tricolor desbancou no mata-mata os tradicionais São Paulo (oitavas de final) e Santos (semifinal). Na decisão, não foi páreo para o poderoso Boca Juniors, que ganhou no La Bombonera por 3 a 0 e no Olímpico por 2 a 0. Já em 2010, antes de assumir a Seleção Brasileira, Mano alcançou as oitavas de final com o Corinthians e foi derrotado pelo Flamengo.

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