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Mano analisa atuação apagada de Bruno Silva, vê Cruzeiro prejudicado por gramado e garante que seguirá com rodízio no Estadual

Após efetuar quatro modificações, treinador classificou atuação contra a Caldense como 'mediana', mas prometeu dar chances a todos do grupo

postado em 21/01/2018 00:33 / atualizado em 22/01/2018 14:31

Vagner Silva/Light Press/Cruzeiro
Depois de estrear no Campeonato Mineiro com vitória por 2 a 0 sobre o Tupi, quarta-feira passada, no Mineirão, o Cruzeiro encontrou muitas dificuldades diante da Caldense e empatou sem gols na noite deste sábado, no estádio Ronaldo Junqueira, em Poços de Caldas, pela segunda rodada da competição. Para o duelo no Sul de Minas, a equipe celeste teve quatro caras novas: o zagueiro Manoel, os volantes Lucas Silva e Bruno Silva e o meia Thiago Neves substituíram Murilo, Ariel Cabral, Robinho e Arrascaeta. Na teoria, a expectativa era manter o poder de criação, apesar das condições inferiores do campo. Na prática, a Veterana impôs forte marcação e conseguiu segurar o 0 a 0.

O técnico Mano Menezes reconheceu que o Cruzeiro não teve tanta intensidade na partida, principalmente no primeiro tempo, quando permitiu que o adversário controlasse as ações em várias circunstâncias. O treinador ainda chamou a atenção para o posicionamento de Bruno Silva, que é volante de origem, mas treinou durante toda a pré-temporada como meio-campista aberto pelo lado direito. Durante os 45 minutos que esteve em campo, o camisa 20 pegou pouco na bola e praticamente não participou dos lances de ataque. Logo no intervalo, foi substituído por Robinho.

“Penso que foi um jogo dentro da normalidade pelas condições do campo. Tivemos mais dificuldades no primeiro tempo com a formação escolhida porque o Bruno teve dificuldades de virar meia, teve de jogar de costas algumas vezes e não é a característica dele. Tivemos que fazer alguns ajustes para jogar assim”, observou Mano, que viu ligeira melhora na parte final, mas sem a força necessária para garantir os três pontos.

“Esperava uma Caldense com muita força, principalmente no primeiro tempo, então precisava igualar essa força de disputa. Tivemos dificuldades para jogar, mas marcamos e neutralizamos para tentar vencer na segunda parte. Penso que criamos boas oportunidades. Não muitas, mas boas. Mas não conseguimos vencer e, quando não consegue vencer, não pode perder. O futebol é assim. Tem que ter humildade de reconhecer que o outro lado tem seus méritos. E foi apenas o nosso segundo jogo. Fizemos uma partida mediana em termos de produção, mas a tendência é crescer”.

Na sequência da análise, Mano se aprofundou nas críticas ao gramado do estádio Ronaldo Junqueira, que, segundo ele, dificultou a execução de tabelas e os dribles de jogadores como os meias Rafinha e Arrascaeta. “Ao meu ver terminamos melhor que a Caldense (em termos físicos). O segundo tempo deixou bem claro. Nós pressionamos. Tivemos dificuldades de criação porque o campo não te permite jogar com um toque e também não te permite driblar. Quando você dribla, a bola salta e acaba perdendo. Então, num jogo como esse, diante de uma equipe bem postada como a Caldense, o jogo exige drible, exige clarear a jogada para que um jogador tenha melhor condição de definir. Faltou isso. E às vezes o que também falta é a explosão. Você domina a bola, quer dar a condução no contrapé do adversário e não tem aquela explosão. Aí a marcação supera. Isso nós só vamos adquirir adiante”.

Apesar do empate que deixa o time na liderança provisória do Estadual, mas correndo o risco de perder posições com o complemento da rodada, Mano Menezes garante que o rodízio de atletas terá sequência no torneio e será aplicado já na próxima quarta-feira, às 21h45, contra o Uberlândia, no Mineirão. “Nós vamos caminhar assim com o grupo até que todos tenham uma condição parecida. Só que, diferentemente do ano passado, em que trocamos uma equipe inteira e a queda de produção acontecia, vamos fazer trocas de quatro, três, dois e rodar o plantel com mais segurança”.

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