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Cruzeiro e Palmeiras dividem CT e têm manhã de reencontros na Toca da Raposa II

Jogadores que passaram pelos dois clubes aproveitaram para colocar papo em dia. Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes também conversaram neste sábado

postado em 04/08/2018 15:30 / atualizado em 04/08/2018 19:52

Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação
De olho na 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, Cruzeiro e Palmeiras dividiram a Toca da Raposa II na manhã deste sábado. Enquanto o time celeste, dono da casa, encerrou sua preparação para o jogo de domingo contra o Vitória (às 16h, no Barradão), o Verdão ajustou os últimos detalhes visando ao duelo com o América (às 16h, no Independência). Depois de cada treinamento, os grupos celebraram reencontros e aproveitaram para colocar o papo em dia.

Nas imagens registradas pelo fotógrafo César Greco, da Agência Palmeiras, é possível ver o técnico palmeirense Luiz Felipe Scolari em conversa com o cruzeirense Mano Menezes. Felipão, que retorna ao alviverde depois de seis anos, também manifestou seu carinho pelo centroavante Fred, camisa 9 da Seleção Brasileira sob seu comando, entre 2012 e 2014.

Em outra foto, o ex-jogador Zé Roberto, assessor técnico do Palmeiras, aparece na ‘resenha’ com o atacante Hernán Barcos. Os dois jogaram juntos no Grêmio, de 2013 a 2014, e tiveram passagens distintas em campo pelo Verdão. O argentino defendeu o clube paulista entre 2012 e o começo de 2013. Já o ex-lateral-esquerdo/armador atuou com a camisa palmeirense de 2015 a 2017.

Além de Barcos, os jogadores cruzeirenses Leo, Egídio e Robinho já vestiram a camisa do Palmeiras. Em contrapartida, os alviverdes Mayke, Diogo Barbosa, Edu Dracena, Felipe Melo, Dudu e Willian foram atletas da equipe celeste. No comando técnico, Scolari dirigiu o Cruzeiro entre julho de 2000 e junho de 2001. Outra coincidência é em relação ao diretor de futebol Alexandre Mattos, que trabalhou na Toca da Raposa de março de 2012 a dezembro de 2014.



Velhos conhecidos de Cruzeiro e Palmeiras

Mayke (lateral-direito)

Cria da base do Cruzeiro, fez parte de quatro conquistas pelo clube: Campeonato Mineiro (2014), Copa do Brasil (2017) e Campeonato Brasileiro (2013 e 2014). Em 146 partidas, marcou três gols e deu 24 assistências. Desde maio de 2017, atua por empréstimo no Palmeiras, pelo qual já disputou 37 jogos. Reserva do ex-atleticano Marcos Rocha, Mayke tem contrato com o clube paulista até dezembro.
 
Leo (zagueiro)

Foi contratado pelo Cruzeiro justamente ao Palmeiras, em agosto de 2010, por R$ 1 milhão mais parte dos direitos econômicos do zagueiro Leandro Amaro. Leo ficou sem espaço no Verdão justamente sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Em 25 partidas pelo alviverde, marcou três gols. Na equipe celeste, tornou-se símbolo de seriedade, liderança e comprometimento. Com 309 jogos e 19 gols, o camisa 3 ganhou três edições do Campeonato Mineiro, uma da Copa do Brasil e duas do Campeonato Brasileiro a serviço da Raposa.

Egídio (lateral-esquerdo)

Bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro em 2013 e 2014, foi contratado pelo Palmeiras em março de 2015 após breve passagem pelo Dnipro, da Ucrânia. No Verdão, ganhou uma Copa do Brasil (2015) e um Campeonato Brasileiro (2016), mas não caiu nas graças da torcida. Em novembro de 2017, quando já estava ciente de que não teria o contrato renovado em São Paulo, acertou o retorno à equipe celeste até dezembro de 2019. No geral, Egídio disputou 141 jogos pelo Cruzeiro, marcou quatro gols e deu 24 assistências.

Diogo Barbosa (lateral-esquerdo)

Destacou-se na equipe do Cruzeiro em 2017, com dois gols e oito assistências em 60 jogos. Seu momento mais marcante foi o gol de cabeça no empate por 1 a 1 com o Palmeiras, pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Como empatou na partida de ida por 3 a 3, no Allianz Parque, a Raposa avançou às semifinais em função do gol qualificado como visitante. Em dezembro, o Verdão adquiriu os direitos econômicos de Diogo Barbosa, pagando ao Cruzeiro cerca de R$ 4,8 milhões por 25% do ‘passe’. Em São Paulo, o lateral-esquerdo ainda não conseguiu repetir a performance apresentada em Belo Horizonte. Até aqui, disputou 20 jogos oficiais e colaborou com duas assistências.

Felipe Melo (volante)

Em 2003, fez parte do elenco do Cruzeiro que conquistou o Campeonato Brasileiro. Era reserva de Augusto Recife. Na campanha do título, marcou dois gols em 31 jogos. Depois de passagem conturbada pelo Grêmio, em 2004, rumou ao futebol europeu, onde jogou por Mallorca-ESP, Racing Santander-ESP, Almería-ESP, Fiorentina-ITA, Juventus, Galatasaray-TUR e Internazionale. Em janeiro de 2017, acertou com o Palmeiras por três anos e é uma das lideranças do grupo em função da personalidade forte.

Jorge Gontijo/EM D.A Press

Robinho (meia)

Ficou conhecido por marcar gols bonitos pelo Palmeiras, sobretudo contra o ex-goleiro são-paulino Rogério Ceni. Campeão da Copa do Brasil de 2015, o meia trocou o clube paulista pelo Cruzeiro em abril de 2016. Desde então, jogou 103 vezes, marcou 20 gols e ganhou dois troféus: Copa do Brasil, em 2017, e Campeonato Mineiro, em 2018.

Dudu (atacante)

Jogou nas categorias de base do Cruzeiro de 2005 a 2010. Não teve muitas chances na equipe profissional, porém rendeu aos cofres celestes 5 milhões de euros, em negociação para o Dínamo de Kiev da Ucrânia, em agosto de 2011. Em 2014, acertou por empréstimo com o Grêmio e fez boa temporada, com oito gols em 53 partidas. Em 2015, o Palmeiras venceu as concorrências de Corinthians e São Paulo e contratou o atacante por quatro temporadas. Campeão da Copa do Brasil de 2015 e do Campeonato Brasileiro de 2016, Dudu já marcou 48 gols em 202 partidas pelo alviverde paulista.

Barcos (atacante)

Chegou ao Palmeiras em 17 de janeiro de 2012, por indicação do técnico Luiz Felipe Scolari. O Verdão pagou à LDU de Quito US$ 3,5 milhões por 70% dos direitos econômicos do jogador, que marcou 31 gols em 61 jogos pelo clube e conquistou a Copa do Brasil daquele ano. Interessado no Pirata, o Grêmio ofertou US$ 2 milhões aos paulistas, mais o zagueiro Vilson, o volante Leo Gago, o meia Rondinelly e o atacante Leandro. Em dificuldades financeiras, o Palmeiras aceitou a proposta. O atacante argentino também se destacou no Rio Grande do Sul, com 45 gols em 113 partidas.

Luiz Felipe Scolari (técnico)

Trabalhou no Cruzeiro de julho de 2000 a junho de 2001, entrando no lugar de Marco Aurélio, que acabara de ser campeão da Copa do Brasil. No Campeonato Brasileiro (denominado Copa João Havelange), o time celeste liderou a primeira fase, que contava com 25 times, e avançou em dois mata-matas: Malutrom-PR (oitavas de final) e Internacional (quartas de final). Nas semifinais, acabou perdendo para o Vasco, que viria a ser campeão da competição. Em 2001, Felipão celebrou a conquista da Copa Sul-Minas, seu único título em Belo Horizonte. O retrospecto do comandante contabilizou 75 jogos, com 40 vitórias, 23 empates e 12 derrotas. Foram 147 gols marcados e 81 sofridos. A boa passagem pela Toca credenciou Scolari a trabalhar na Seleção Brasileira, pela qual conquistou a Copa do Mundo de 2002.

Alexandre Mattos (diretor de futebol)

Depois de seis anos na diretoria do América, foi contratado pelo Cruzeiro em maio de 2012. Conhecido pelo perfil ‘gastador’, o dirigente trabalhou na montagem dos elencos campeões do Campeonato Brasileiro, em 2013 e 2014, e do Campeonato Mineiro, em 2014. Na temporada 2015, acertou com o Palmeiras, dando sequência ao histórico de títulos sob sua gestão: Copa do Brasil (2015) e Campeonato Brasileiro (2016).

Paulo Filgueiras/EM D.A Press

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