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Leo diz que árbitro alegou 'maldade' para expulsar Dedé; Edilson e Barcos também comentam lance envolvendo zagueiro celeste

Árbitro paraguaio Eber Aquino interpretou que defensor do Cruzeiro atingiu propositalmente Andrada, goleiro do Boca Juniors, com uma cabeçada no rosto

postado em 20/09/2018 02:53 / atualizado em 20/09/2018 03:39

Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.
O zagueiro Leo revelou que o árbitro paraguaio Eber Aquino viu maldade de Dedé, do Cruzeiro, após cabeçada acidental no rosto do goleiro Andrada, do Boca Juniors, durante o duelo entre as equipes na noite desta quarta-feira, na Bombonera, pela partida de ida das quartas de final da Copa Libertadores. Antes de tomar a decisão de expulsar o camisa 26, o juiz utilizou o recurso tecnológico do árbitro de vídeo (VAR), fato que deixou os cruzeirenses ainda mais perplexos.

“Única coisa que ele disse que foi questão de maldade do jogador. Mas ele estava olhando para a bola. Ele tentou atingir a bola, e acabou trombando com o goleiro. Lance normal. A questão do VAR está aí para ajudar, e hoje infelizmente teve esse problema. Em relação a isso, ficamos perplexos pelo que aconteceu. Vamos reunir todas essas coisas que aconteceram para revertermos esse placar”, afirmou Leo. 

O lateral-direito Edilson foi outro a se manifestar a respeito da jogada. “É nítido que o Dedé visa a bola. Em momento algum ele visa cabecear o goleiro. Todas as imagens que vocês olharam, que o VAR olhou, está que o Dedé mira a bola, e há o choque entre os atletas. Quando o juiz pediu o VAR ali, até estranhamos em campo e imaginávamos que poderia vir um pênalti a nosso favor ou algo do tipo, mas nunca a expulsão do Dedé. O juiz errou muito feio. A gente estava feliz com o VAR, que diminuiria os erros, mas hoje fomos muito prejudicados mesmo com o auxílio do VAR. Não fizemos um primeiro tempo bom, mas estávamos entrando no jogo no segundo tempo. E perdemos o Dedé, um cara que tira todas as bolas aéreas e tem uma liderança muito forte. A punição não é apenas nesse jogo, mas para o jogo na nossa casa também”.

Já o atacante Barcos tentou, sem sucesso, argumentar com Eber Aquino a imprevisibilidade do ocorrido. “Errou, porque é uma jogada normal, em que o cara vai cabecear a bola, mas termina batendo no goleiro sem intenção. Eu falei dentro do jogo para ele. Ele disse que não, que foi muito forte a cabeçada. O cara que vai para machucar vai com um soco, com o cotovelo, e não com a cabeça. Na interpretação, ele viu isso. Errado, mas faz parte”, disse. “É uma injustiça com um atleta profissional, num momento em que estávamos bem no jogo. Mesmo tendo VAR, a arbitragem continua errando. Não temos o que fazer. Nossos dirigentes cuidarão dessa parte”, acrescentou o Pirata.

O lance envolvendo Dedé ocorreu aos 24min do segundo tempo. Em cruzamento de Rafinha para a grande área, o zagueiro cruzeirense foi ao encontro da bola, mas atingiu cabeçada no rosto de Andrada, que sofreu corte na gengiva, fraturou o maxilar inferior e precisou de atendimento médico durante seis minutos. Enquanto o camisa 1 do Boca recebia os primeiros socorros, Eber Aquino foi chamado no ponto eletrônico pela equipe responsável por monitorar a partida. O árbitro, então, direcionou-se ao monitor instalado na lateral de campo para assistir ao vídeo. E a decisão surpreendeu a todos no estádio: cartão vermelho para o zagueiro, aos 29min, por um lance involuntário.

O Boca, que já vencia por 1 a 0 – gol de Zárate, aos 35min do primeiro tempo –, aproveitou-se da superioridade em número de jogadores e pressionou o Cruzeiro até marcar o segundo gol, com Pablo Pérez, aos 36min da etapa final. Com a boa vantagem construída em Buenos Aires, o time xeneize poderá perder por até dois gols de diferença no Mineirão, desde que marque ao menos uma vez, pois na Copa Libertadores existe a regra do gol qualificado como visitante. Ao Cruzeiro restará alcançar triunfo por no mínimo 3 a 0. Se a equipe celeste vencer por 2 a 0, a vaga nas semifinais será decidida nos pênaltis. O ganhador do duelo pegará Palmeiras ou Colo Colo na próxima fase.