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Cruzeiro: Baroni muda de ideia e tentará impugnar vitória de Pedrosa no Conselho

Neste domingo, Baroni prometeu detalhar sua intenção de judicializar a eleição do Conselho Deliberativo

postado em 23/05/2020 22:46 / atualizado em 24/05/2020 17:07

(Foto: Reprodução/Twitter)
 Derrotado por dez votos na eleição do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, na última quinta-feira, Giovanni Baroni, da chapa ‘Transparência e Reconstrução’, reviu sua posição inicial de não acionar a Justiça para impugnar a vitória de Paulo César Pedrosa, da chapa ‘Somos todos Cruzeiro’. Agora, o candidato está decidido a tentar anular o resultado da eleição. No Twitter, ele informou que, neste domingo, dará mais detalhes da sua pretensão.

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eleição para a presidência do Conselho Deliberativo do Cruzeiro foi decidida voto a voto. No fim, graças a urna na qual estavam os votos dos conselheiros reintegrados pela Justiça após exclusão no quadro do clube, Paulo César Pedrosa venceu o pleito.

Na urna cinco, Paulo Pedrosa recebeu 20 votos a mais que Baroni. Antes da contagem desta urna, Pedrosa estava em terceiro lugar. 

Até o fim da urna quatro, a parcial era a seguinte:
 
Giovanni Baroni: 97 votos
Paulo Sifuentes: 90 votos
Paulo Pedrosa: 87 votos
Luiz Carlos Rodrigues: 35 votos
 
Os números da urna 5 definiram a eleição:
 
Paulo Pedrosa: 25 votos (número final: 112 votos)
Giovanni Baroni: 5 votos (número final: 102 votos)
Paulo Sifuentes: 9 votos (número final: 99 votos)
Luiz Carlos Rodrigues: 4 votos (número final: 35 votos)


“Os votos dos que conseguiram o direito na Justiça estavam na urna 5. Assim como votos de outros conselheiros também”, afirmou o presidente da Comissão Eleitoral do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, ao Superesportes, após a apuração.

Na sexta-feira, o Superesportes ouviu Baroni sobre eventual possibilidade de impugnar a eleição diante da vitória de Pedrosa com base em vantagem na urna 5, composta por votos dos conselheiros então expulsos. Inicialmente, o candidato derrotado descartou essa hipótese: “O Cruzeiro não aguenta isso. Isso seria acabar com o clube. De mim não sairá ação na qual o maior prejudicado será o Cruzeiro", afirmou.

Em postagem na internet, no mesmo dia, Baroni reafirmou sua decisão de não acionar a Justiça.

Já neste sábado, Baroni começou a dar indício de que mudaria de ideia. Em postagem no Twitter após ouvir entrevista de Paulo César Pedrosa na Rádio 98FM, ele mostrou indignação com declarações do vencedor da eleição. Em pontos da entrevista, Pedrosa questiona o relatório da consultoria Kroll sobre irregularidades cometidas pela gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá. 



“ABERRAÇÕES PEDROSA NA 98. CONSELHO: quer mais 200. SOBRE CG: Não somou nada em 5 meses. KROLL: “acha” que ela faz balanço. ELEIÇÕES: teve apenas 30% e 25 votos d excluido. TORCIDA: só uns 30 torcedores lá fora. ASSIM EU NÃO AGUENTO E ENTRO COM A IMPUGNAÇÃO E o Cruzeiro passando vergonha”, escreveu Baroni no começo da tarde deste sábado.

Já no período da noite, Baroni deu outro indício de que tomará medidas para mudar os rumos da eleição do Conselho. “Boa noite, torcedores. Amanhã venho falar com vocês sobre a minha mudança de postura em relação ao Pedrosa, no momento estou descansando com a minha família. Minha prioridade é defender os interesses do torcedor e do @Cruzeiro”.



O Superesportes apurou que Baroni já comunicou a outros integrantes do Conselho a sua mudança de planos e levará adiante a decisão de judicializar a eleição.

Pedrosa teve 112 dos 348 votos da eleição (32,18%). Os demais candidatos receberam 236 votos (67,82%). O entendimento de Baroni é que Pedrosa não tem respaldo da torcida nem tampouco tem força suficiente no Conselho.

Paulo César Pedrosa sofre com a rejeição de parte da torcida e do Conselho porque é presidente do Conselho Fiscal e não investigou possíveis irregularidades na gestão de Wagner Pires de Sá, que renunciou à presidência em dezembro passado. Ele teve que se licenciar do Conselho Fiscal para concorrer ao Conselho Deliberativo.

Para vencer a eleição do Conselho Fiscal, em julho do ano passado, Pedrosa foi, inclusive, apoiado por Wagner Pires de Sá e seu grupo político, a ‘Família União’. À época, o fato gerou polêmica, pois cabe aos integrantes do Conselho Fiscal justamente fiscalizar as contas do clube, incluindo os feitos do presidente executivo.

Pedrosa tomará posse no Conselho Deliberativo em 1º de junho.

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