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Cruzeiro contou com parceria para montar time tricampeão da Copa do Brasil; relembre momentos da campanha

Time celeste superou o São Paulo e faturou o tri na edição de 2000

postado em 09/07/2020 10:00 / atualizado em 09/07/2020 16:19

(Foto: Paulo Filgueiras/EM D.A Press)
Maior campeão da Copa do Brasil, com seis títulos, o Cruzeiro conquistou o terceiro troféu há 20 anos, em 9 de julho de 2000, ao vencer o São Paulo na decisão, por 2 a 1, no Mineirão. O êxito no torneio nacional compensou o investimento em contratações de ‘peso’ e salvou uma temporada em que o time ficou no ‘quase’ nas demais competições: perdeu para Atlético e América as finais do Mineiro e da Sul-Minas e foi eliminado pelo Vasco nas semifinais do Campeonato Brasileiro.

Montagem do grupo


O Cruzeiro teve o fundo americano Hicks Muse como parceiro para montar o time da temporada 2000. As seis principais contratações foram os laterais-direitos Rodrigo (Vitória) e Zé Maria (Palmeiras), o zagueiro Cléber (Palmeiras), o lateral-esquerdo Sorín (River Plate), o meia Viveros (Deportivo Cali, da Colômbia) e o atacante Oséas (Palmeiras).

Sorín, que já acumulava convocações para a Seleção Argentina, foi adquirido ao River Plate por US$ 5,08 milhões. Já Oséas, com passagem de sucesso pelo Palmeiras campeão da Copa do Brasil de 1998 e da Libertadores de 1999 (marcou 65 gols em 172 jogos), custou US$ 3,6 milhões. E Viveros, do Deportivo Cali vice-campeão continental e da Seleção da Colômbia, foi comprado por US$ 3,5 milhões.

Troca de técnico


O Cruzeiro começou a Copa do Brasil com Paulo Autuori como técnico, mas ele pediu demissão depois de derrota por 4 a 2 para o Atlético, em 23 de abril, pela sétima rodada do Campeonato Mineiro. Marco Aurélio, ex-Ponte Preta e Vitória, foi o substituto.

Autuori comandou a Raposa nas duas primeiras fases, quando o time eliminou Gama e Paraná Clube.

Curiosamente, Marco Aurélio conduziu o Cruzeiro ao título sabendo que não continuaria para o Campeonato Brasileiro. O presidente Zezé Perrella havia acertado a contratação de Luiz Felipe Scolari e divulgado a notícia momentos antes do jogo contra o São Paulo.

Placar mais elástico


A maior goleada do Cruzeiro na Copa do Brasil aconteceu no jogo de volta da terceira fase, contra o Caxias. Jackson, Fábio Júnior, Ricardinho e Oséas (3) marcaram os gols da vitória por 6 a 1, no Mineirão.


Goleiro inspirado


Uma das melhores atuações do goleiro André com a camisa celeste foi no empate por 0 a 0 com o Botafogo, no Maracanã, pelo jogo de volta das quartas de final, em 22 de junho. O camisa 1 fez várias defesas difíceis, especialmente em finalizações de Donizete Pantera, no decorrer do segundo tempo.

O alvinegro carioca dependia de uma simples vitória para avançar, já que havia marcado dois gols como visitante no duelo de ida - derrota por 3 a 2, no Mineirão. Daí a importância da noite inspirada de André no Rio de Janeiro.

Feito raro


O volante Donizete Oliveira era aquele jogador que pouco aparecia na partida, pois se dedicava com afinco à função de tomar a bola do adversário e entregar para um companheiro com mais qualidade para construir.

Contudo, o camisa 5 resolveu arriscar no confronto de ida da semifinal, contra o Santos, no Mineirão. Aos 45 minutos do segundo tempo, ele avançou com a bola, passou pela marcação afrouxada do adversário e bateu de fora da área. Carlos Germano, goleiro do Peixe, acabou falhando no lance, e o Cruzeiro venceu por 2 a 0.

Na noite de 29 de junho, Donizete marcava apenas o terceiro gol em seu 178º jogo pela Raposa. As atuações sólidas lhe renderam convocações à Seleção Brasileira. Em 8 de outubro de 2000, o volante foi titular na vitória por 6 a 0 sobre a Venezuela, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002.

Artilheiro


Oséas passou em branco nos jogos finais contra o São Paulo, porém contabilizou 10 gols em toda a Copa do Brasil. Além do hat-trick em cima do Caxias, o baiano foi decisivo nas oitavas de final, quando marcou os dois gols do empate por 2 a 2 com o Athletico Paranaense, pelo jogo de volta, em Curitiba.

Outro tento importante anotado pelo camisa 9 foi diante do Santos, também com empate por 2 a 2, no segundo embate das semifinais, na Vila Belmiro.

Pelo Cruzeiro, Oséas fez 55 gols em 130 jogos. Ele também conquistou a Copa Sul-Minas, em 2001.

O time titular


A escalação titular do Cruzeiro na vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo teve André; Rodrigo, Cris, Cléber e Sorín; Donizete Oliveira, Marcos Paulo, Ricardinho e Jackson; Geovanni e Oséas. Entraram no segundo tempo o meia Viveros e os atacantes Müller e Fábio Júnior. 

(Foto: Paulo Filgueiras/EM D.A Press)

Jogadores reservas


Nem todos os torcedores se recordam, mas o goleiro Fábio, à época com 19 anos, estava em sua primeira passagem pelo Cruzeiro e era reserva de André no time campeão da Copa do Brasil.

O grupo também contava com o lateral-direito Zé Maria, os zagueiros Alexandre e Marcelo Djian, o lateral-esquerdo Alonso, o volante Cléber Monteiro e os meias Paulo Isidoro, Joelson, Léo Medeiros e Zé Roberto.

Todas as partidas


Finais

09/07 - Cruzeiro 2x1 São Paulo (Mineirão) - gols: Fábio Júnior e Geovanni

05/07 - São Paulo 0x0 Cruzeiro (Morumbi)

Semifinais

02/07 - Santos 2x2 Cruzeiro (Vila Belmiro) - gols: Ricardinho e Oséas

29/06 - Cruzeiro 2x0 Santos (Mineirão) - gols: Geovanni e Donizete Oliveira

Quartas de final

22/06 - Botafogo 0x0 Cruzeiro (Maracanã)

15/06 - Cruzeiro 3x2 Botafogo (Mineirão) - gols: Alexandre e Geovanni (2)

Oitavas de final

31/05 - Athletico-PR 2x2 Cruzeiro (Arena da Baixada) - gols: Oséas (2)

24/05 - Cruzeiro 2x1 Athletico-PR (Mineirão) - gols: Fábio Júnior e Gustavo (contra)

Terceira fase

03/05 - Cruzeiro 6x1 Caxias (Mineirão) - gols: Jackson, Fábio Júnior, Ricardinho e Oséas (3)

27/04 - Caxias 1x3 Cruzeiro (Centenário) - gols: Fábio Júnior (2) e Geovanni

Segunda fase

06/04 - Paraná 0x2 Cruzeiro (Pinheirão) - gols: Viveros e Oséas

Primeira fase

17/03 - Cruzeiro 4x1 Gama (Mineirão) - gols: Viveros, Oséas (2) e Fábio Júnior

14/03 - Gama 1x1 Cruzeiro (Mané Garrincha) - gol: Oséas

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