Cruzeiro

CRUZEIRO

Cotado no Cruzeiro, técnico Fernando Diniz jogou pelo clube em 2004

Ex-meia disputou oito partidas pela Raposa - sete no Campeonato Brasileiro e uma na Copa Sul-Americana

postado em 28/12/2021 15:30 / atualizado em 28/12/2021 23:05

(Foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas - 24/08/2004)

O Cruzeiro anunciou nesta terça-feira que o técnico Vanderlei Luxemburgo não terá o contrato renovado para 2022 por decisão do grupo ligado ao ex-jogador Ronaldo Fenômeno. Um dos candidatos a substituí-lo é Fernando Diniz, sem clube desde que foi demitido do Vasco em novembro juntamente com o diretor de futebol Alexandre Pássaro, também cotado para trabalhar na Toca da Raposa II.
 
 

Diniz, de 47 anos, ganhou notoriedade no futebol brasileiro por implementar nas equipes que conduziu um estilo de jogo de posse de bola, movimentação e constantes trocas de passes desde o campo de defesa. Ele obteve ótimos resultados por clubes pequenos, como os paulistas Atlético de Sorocaba e Audax, porém encontrou dificuldades no Athletico-PR, no Fluminense, no Santos e no Vasco.

Antes de iniciar a carreira de treinador, em 2010, Fernando Diniz foi um meio-campista que vestiu grandes camisas do futebol brasileiro. Ele começou a carreira no Juventus-SP, em 1993. Depois, passou por Guarani, Palmeiras, Corinthians, Paraná, Fluminense, Flamengo, Cruzeiro, Santos, Paulista de Jundiaí, Santo André-SP e Gama.

Diniz já tinha 30 anos quando foi contratado pelo Cruzeiro para o Brasileirão de 2004. Ele jogou apenas oito partidas - três como titular - e não fez gol. A única vitória com o meio-campista ocorreu sobre o Palmeiras, em 7 de setembro, pela 29ª rodada: 3 a 1, gols de Sandro e Marcinho (2). O time ainda empatou com São Paulo (0 a 0) e Coritiba (1 a 1), e perdeu para Guarani (2 a 0), Internacional (1 a 0, pela Sul-Americana), Atlético (3 a 0), São Caetano (4  a 1) e novamente Internacional (2 a 0, no Brasileirão).
 
Houve um episódio em que Fernando Diniz precisou ficar fora da relação do jogo contra o Figueirense, em 28 de setembro, no Mineirão, pela 33ª rodada. Motivo? O uso de uma pomada dermatológica com substâncias que poderiam acarretar em doping. Sem o armador, o Cruzeiro empatou por 3 a 3 - gols de Marco Aurélio, Marcelo Batatais e Sandro.

A temporada 2004, que começou com a conquista do Mineiro, terminou de forma frustrante para a torcida. O Cruzeiro se despediu do Brasileirão com derrota por 6 a 2 para o Flamengo, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Foram 16 vitórias, oito empates e 22 reveses, com 56 pontos em 46 jogos (13º entre 24 participantes) e 40,5% de aproveitamento. Fred, com 14 gols, e Jussiê, com 12, foram os artilheiros azuis.
 
 

Elogiado por Paulo André


Fernando Diniz treinou o Athletico-PR em 2018, quando foi desligado em 25 de junho após acumular nove derrotas em 11 jogos. Seu retrospecto geral no Furacão foi de cinco vitórias, sete empates e nove reveses, com 25 gols marcados e 27 sofridos.

Apesar dos números ruins, Diniz deixou uma base para que seu sucessor, Tiago Nunes, conquistasse a Copa Sul-Americana de 2018 e a Copa do Brasil de 2019. A filosofia do treinador rendeu elogios do então zagueiro Paulo André, hoje diretor do outro clube de Ronaldo, o Real Valladolid, da Espanha.

“Tem sido uma experiência incrível trabalhar com o Fernando Diniz. Não imaginava redescobrir o futebol no final da carreira, a alegria de jogar futebol. Achei que já tivesse visto tudo depois desses quase 20 anos de carreira e joguei tudo no lixo. Esqueci tudo o que eu tinha aprendido e estou começando do zero com um cara que para mim tem sido um mentor”, disse, em entrevista ao programa Bem, Amigos!, do SporTV, em 23 de abril de 2018.

“Sou um novo discípulo da maneira de enxergar e praticar o futebol. Infelizmente com a idade já avançada, não consigo executar da maneira que eu gostaria, mas sem dúvida nenhuma é o futuro, é a forma como eu acho que os brasileiros querem jogar futebol daqui para frente”, complementou Paulo André.

Tags: serieb copadobrasil cruzeiroec interiormg futnacional fluminenserj seriea mercadobola Fernando Diniz