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Técnico português detona futebol brasileiro após demissão do Avaí

Augusto Inácio criticou postura do clube, calendário do país e destacou a importância de investidores para fazer o esporte melhorar no Brasil

postado em 28/02/2020 16:07 / atualizado em 28/02/2020 16:14

(Foto: Divulgação/Avaí)
 

Augusto Inácio foi demitido do Avaí após apenas sete jogos no comando do clube catarinense. Com 33% de aproveitamento dos pontos disputados, o treinador português não resistiu à pressão e foi desligado do Leão da Ilha. De volta a Portugal, o técnico não poupou críticas ao futebol brasileiro.

Em entrevista ao jornal A Bola, Augusto Inácio deixou evidente seu descontentamento com os dirigentes do Avaí e destacou a fragilidade do planejamento dos clubes no país.

"O futebol brasileiro é uma pistola com uma bala lá dentro e uma roleta russa. No Brasil é mais para morrer do que para sobreviver. No início é tudo uma maravilha, dizem que estão conosco, mas é tudo mentira", afirmou Augusto.

"O futebol brasileiro precisa de investidores para elevar o nível. O Flamengo está em patamar diferente, o Jorge Jesus tem razão, mas os calendários são um assassinato aos jogadores e aos treinadores", completou.

Resposta do Avaí

Em entrevista coletiva, o diretor de futebol, Marquinhos Santos, rebateu os apontamentos de Augusto Inácio e criticou o comportamento do treinador nas entrevistas coletivas e no relacionamento dentro do vestiário.

"Participamos da pré-temporada e acompanhamos o trabalho diariamente. Foram vários fatores que ocasionaram a demissão. O único que não ocasionou foi o resultado. Trabalhamos em cima de um planejamento, não víamos evolução na equipe. O clássico não se ganha com planejamento, sim com coração. Ele não sabia como era, mas nos ouviu e entendeu como o clássico era jogado", disse Marquinhos.

"As entrevistas pesaram muito no vestiário. Primeira coisa que falei pro Diogo ‘sorte dele que não sou mais jogador’. Todo mundo já me deu bronca, mas era ‘teti-a-teti’, no vestiário, não tem que ficar expondo nada. Não é questão de eu ganho e vocês perdem, mas o treinador é o menos culpado pela derrota, os jogadores 70%, e o treinador 30%. Mas é claro que a repercussão depois das entrevistas atrapalha muito no vestiário e nós tivemos que intervir, falando com os jogadores, pedindo para eles entenderem. O ambiente agora está maravilhoso, e tomara que possamos ter um 2020 tranquilo e com vitórias", finalizou.

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