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MARATONA AQUÁTICA

Ana Marcela se diz pronta para novos desafios e explica queimadura em prova

Após o tetra mundial, baiana sofreu com águas-vivas em Abu Dhabi

postado em 12/11/2018 21:42

Divulgação/Unisanta
Ana Marcela Cunha, tetracampeã mundial de maratonas aquáticas, nadadora da Universidade Santa Cecília (Unisanta), está pronta para novos desafios, após o título inédito de tetracampeã mundial, conquistado por antecipação de uma etapa e confirmado na última prova, em Abu Dhabi, no começo de novembro, quando ficou com a medalha de bronze com o tempo de 2h00m26s2. Bastava ela ter largado nessa prova para conquistar o título.

Ana foi homenageada e deu entrevista à imprensa nesta segunda-feira pela manhã, no Consistório da Unisanta, ocasião em que comentou sobre a queimadura com águas-vivas que sofreu no final da última competição.

“Nunca na minha vida deixei de completar uma prova, e não seria dessa vez que deixaria”, disse a nadadora que já tinha o título mundial conquistado. “É verdade que (a queimadura) foi no meio da maratona e, se fosse no final, talvez tivesse sido mais difícil, talvez eu precisasse de mais tempo (para terminar)”, completou.

A tetracampeã mundial, que está completando nesta segunda-feira três anos em que retornou para a Unisanta, fez um balanço dos seus últimos anos: “um três anos bons, um médio e um excelente”. Neste ano, acabaram as competições mundiais e seu próximo compromisso será em Manaus, no Amazonas, em 9 de dezembro, um desafio diferente com a maratonista Sharon Rouwendaal, terceira colocada do Circuito.

“Com certeza, é inexplicável conseguir passar o que a gente sente, como realmente foi, e acho que o mais legal de tudo é chegar na última etapa e falar: eu só preciso pular. Não tem mais o peso de brigar pelo primeiro e segundo, não tem a obrigação. Então, parece que sai mais fácil, a gente brinca que pode ser diversão e, querendo ou não, acaba sendo diversão. Porque a gente ama o que faz. A gente se diverte de alguma forma e essa prova terminou sendo isso para mim. Tem o momento de competição, lógico, de levar a sério, mas sem aquela  responsabilidade de precisar vencer, de ter que chegar na frente, de ter que marcar, ter que fazer pontos, não. Então, fazer um ano muito bom e chegar na última etapa um pouco mais tranquila não tem preço”, decalrou.

Mesmo com as queimaduras, Ana Marcela conseguiu se manter num ritmo bom junto com o pelotão e chegar brigando de igual para igual no final de prova.

O próximo grande desafio da atleta será o campeonato mundial, em busca de uma coisa inédita que ela ainda não tem: uma medalha de ouro na prova dos dez quilômetros, que é metragem da distância olímpica. “Tem aquela coisa do cabelo,  vamos ver como que vai ser a surpresa que vai acontecer no Mundial”, afirmou a maratonista, lembrando sua tradição de fazer penteados diferentes a cada prova,  para dar sorte.

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